A Arezzo cresceu por meio de seu sistema de franquias. Hoje, cerca de 50% das lojas da rede são franqueadas e a marca precisa planejar com cuidado a evolução do seu e-commerce para não canibalizar as lojas. Hoje, o e-commerce da marca corresponde por 10% do total de vendas da rede, acima da média do mercado de moda.
Para a empresa, o aumento de clientes omnichannel significa necessariamente o aumento do lucro da empresa. A cliente omnichannel da Arezzo responde por um tíquete médio duas vezes maior que o da cliente que compra em um único canal.
A integração dos canais da Arezzo enfrenta, porém, uma dificuldade importante e bem comum ao varejo: a unificação dos preços no on-line e no físico. Toda parte de remarcação sempre foi um trabalho do franqueado. Mas, com o advento do e-commerce, a precificação se tornou um dos maiores pontos de atenção.
A Arezzo aponta que soluciona o problema de precificação deixando os preços do on-line abaixo do preço de todos os franqueados do País, exceção feita aos preços em promoção.
Outra marca da Arezzo, a Shutz, sofre menos com esse tipo de problema porque é marca nativa digital. Trabalha com preços padronizados entre on-line e off-line desde seu primeiro dia de vida.
Estoque
Para distribuir os produtos vendidos no on-line, a Arezzo tem feito a experiência do ship from store, que utiliza a loja física como estoque para as vendas do e-commerce. São entre 20 e 30 lojas da rede que atendem pedidos on-line. Em algumas lojas, 10% das vendas já são do ship from store.
Em outros 15 pontos de venda, a marca tem oferecido ao consumidor a compra por e-commerce dentro da loja física. Por meio de um monitor, o cliente acessa o site, escolhe a peça e faz o fechamento da venda para receber o produto em casa.
Em algumas dessas 15 lojas que recebem essa nova experiência, a compra on-line corresponde a 5% do faturamento. As lojas, em especial as menores, ganham por não necessitarem de um estoque físico tão amplo.
Fonte: Novarejo