É esperado que um empreendedor, antes de começar um negócio, se prepare. Busque capacitação e faça um planejamento para que o empreendimento tenha uma real chance de sucesso. Mas um dos principais fatores para determinar se uma empresa terá êxito é capacidade de aproveitar oportunidades no tempo certo. E nesse quesito os empreendedores Jhonathan Ferreira e Adriano Massi, fundadores da rede Brasileirinho, estão bem servidos.
A primeira “oportunidade” veio de um outro projeto que deu errado. A dupla investia em uma padaria em São josé do Rio Preto, interior de São Paulo, e por um problema de capital, eles não conseguiriam finalizar o negócio.
“Tivemos que encontrar uma nova opção e pensamos: ‘por que não fazer um delivery de comida brasileira em caixinhas?’”, disse Jhonathan Ferreira de 32 anos. “A partir daí, o projeto Brasileirinho tomou forma”.
A Brasileirinho nasceu em 2013 e trabalha com o delivery de comidas típicas do Brasil, embaladas em pequenas caixas, como as de comida chinesa. Os empreendedores investiram cerca de R$ 140 mil para tirar o negócio do papel.
Mas a dupla recebeu uma série reclamações do serviço nos primeiros meses.
“Alguns clientes reclamavam que nas fotos dos pratos os ingredientes estavam todos separados. Porém, quando o produto era entregue, misturava tudo. Um cliente foi bastante mal educado, chamando a comida de um ‘mexidão’”, explicou Ferreira, administrador de empresas natural de Alto Araguaia (MT). Essa foi a segunda oportunidade dos fundadores e eles aproveitaram.
Cientes do problema, os fundadores convocaram a gráfica com quem eles trabalham e decidiram por um modelo de caixa com um material mais resistente para aguentar as porções de comida e com divisórias, para evitar que o pedido virasse o tal do “mexidão”.
A mudança parece ter dado certo. Atualmente, a empresa atua no modelo de franquias, conta com 120 unidades abertas e outras 80 estão em processo de implantação.
O Brasileirinho vende pratos típicos da culinária brasileira, como arroz carreteiro, baião de dois, estrogonofe e galinhada, entre outras opções. Há ainda uma opção fitness, com verduras, batata doce e frango grelhado. O tíquete médio da empresa é de R$ 15.
A rede está próxima de lançar uma plataforma de e-commerce para ampliar suas vendas. “Hoje, o cliente não quer ter contato com atendentes. Ele quer abrir uma plataforma e resolver a fome dele. Por isso estamos criando a plataforma de vendas online para o Brasileirinho”, disse Adriano Massi, administrador de 29 anos.
A criação do e-commerce é uma das razões para o otimismo dos sócios da Brasileirinho. Depois de faturar R$ 40 milhões no ano passado, a meta da rede é alcançar R$ 90 milhões em 2017.