Segundo pesquisa da Associação Paulista de Supermercados (APAS), em parceria com a Nielsen e KantarWorldpanel, 48% do crescimento do mercado de vizinhança ocorre por abertura de novas lojas e o canal tem a maior concentração de compras de reposição: 67%. Além de oferecer comodidade e praticidade, esse tipo de canal tem crescido também por outro motivo: parcerias que garantem maior variedade e qualidade no sortimento.
É fato que o consumidor reduziu as visitas ao super e ao hipermercado para evitar o excesso de compras, principalmente em tempos de crise. Ainda de acordo com a pesquisa da APAS, a frequência de idas ao supermercado caiu 4,3% em 2015, se comparado aos anos anteriores.
Uma estimativa da GfK revelou que as lojas de vizinhança devem crescer de 1% a 2% em 2016. Na intenção de manter as vendas, estas pequenas e médias empresas têm aberto mão de margem, a fim de garantir competitividade. No primeiro trimestre deste ano, por exemplo, a GfK constatou que o preço de uma cesta com 35 categorias custava R$ 232,49 nas lojas de proximidade. Já nos super e hipermercados, o valor era de R$ 233,81.
Centrais de compras como estratégia
Outra estratégia que vem sendo adotada é a associação com as Centrais de Compras para adquirir produtos em escala. A pesquisa da GfK aponta que 20% das lojas de proximidade aderiram ao modelo, sendo que no Nordeste o percentual é superior a 30%. Veja outros dados sobre o crescimento dos mercados de vizinhança:
As lojas de vizinhança que pertencem a redes supermercadistas respondem por 15% da amostra de 400 empresas pesquisadas pela GfK;
O lucro líquido do segmento que lojas de proximidade necessitam para girar é, em média, de 15% a 20%.