As diligências feitas por consultorias – etapa anterior a uma aquisição, em que é feita uma auditoria técnica e contábil dos ativos – cresceram, segundo quatro das maiores empresas do setor. Elas representam um termômetro do que está para acontecer no mercado de fusões e aquisições.
“Nos últimos três meses houve alta em relação ao ano passado e também ao começo de 2017”, diz Viktor Andrade, líder da área da EY. Os setores onde a demanda aumentou foram saúde, agronegócios, educação e infraestrutura, afirma.
Na indústria, há diligências também, diz Paulo Funchal, da Grant Thornton. “Há sondagens para a execução de obras de infraestrutura, como rodovias, e também na área de energia renovável e na cadeia do setor.”
Os investidores estratégicos (empresas que querem ampliar sua fatia de mercado) são os que buscam mais as consultorias, diz Ronaldo Xavier, sócio da Deloitte.
“Aumentamos nossos projetos com esses clientes. Os ativos aqui estão baratos e o Brasil é um país com grande potencial de consumo.”
Uma pesquisa da PwC indica que as transações que se concretizam são cerca de metade das “due dilligences” feitas para investigar a situação das empresas a serem adquiridas, diz Alessandro Ribeiro, sócio da consultoria.
O que pode interferir nessa tendência é a instabilidade política. “Se forem aprovadas as reformas, haverá uma grande aceleração. Se a incerteza se prolongar, a atividade vai cair.”
Fonte: Supermercado Moderno