Também conhecidas como dark kitchens, essas cozinhas só fazem refeições para o serviço de delivery. Grande franquia do setor de alimentação passou a licenciar a marca para empreendedores cozinheiros.
Por Juliana Murano
As cozinhas escondidas, ou dark kitchens, garantem o sustento de muitos restaurantes e lanchonetes desde que a pandemia começou. Com esse novo modelo de vendas, uma grande franquia do setor de alimentação passou a licenciar a marca para empreendedores cozinheiros.
Dark Kitchen é a cozinha que faz refeições só para o serviço de delivery.
A empresária Simone Lino é franqueada de um restaurante por quilo que atende em uma praça de alimentação, em um shopping center. Ela já havia enfrentado outras crises, mas, na pandemia, fechou a loja e ficou sem faturar.
“Então, a questão da sobrevivência me fez sair às ruas e ir de porta em porta para oferecer marmitex para tentar uma segunda renda e evitar minha falência”, afirma Simone.
Ela começou a fazer marmitas em casa.
“Já houve domingo em que eu fiquei sentada com o cozinheiro e vendi duas marmitas, mas não podia perder a fé”, conta.
Simone não desistiu. Depois, alugou um espaço para preparar os pratos para entrega. E percebeu que havia ali uma oportunidade para operar com dark kitchens, com a franquia de restaurantes.
A rede de restaurantes desenhou um modelo com os cozinheiros que trabalham com dark kitchens. Ele é feito a partir de licenciamento. Quem tem uma cozinha como a da Simone pode preparar e entregar os pratos da rede. E não precisa pagar toda a estrutura de uma loja física, com decoração e móveis. O cozinheiro licenciado tem vantagens.
Para ser licenciado da marca, o investimento é de R$ 22,5 mil, que inclui a taxa administrativa, o treinamento e o marketing. O interessado precisa ter um CNPJ e já trabalhar no setor de alimentação. Além disso, é necessário ter um espaço com cozinha e equipamentos, alvará de funcionamento e atender aos requisitos da vigilância sanitária.
Fonte: PEGN