Os Correios vão alterar os contratos vigentes com varejistas que utilizam produtos da estatal com base em categorizações que variam de acordo com a demanda de cada lojista. Segundo a estatal, a medida tem por objetivo estabelecer “modelo padronizado de relacionamento comercial” e oferecer serviços adaptados à necessidade e tamanho das empresas. As mudanças passam a valer em abril.
Desde a última quarta-feira (1), lojistas e-commerce que utilizam os Correios para realizar entregas começaram a receber o aviso, por telegrama, explicando as mudanças. A carta, porém, gerou reclamações por parte dos varejistas – muitos deles ficaram sem entender exatamente como ocorreria a transição.
Questionada pelo E-Commerce Brasil, a estatal explicou que todos os clientes foram categorizados de acordo com as expectativas de consumo anual com base na meta de receita gerencial. Todos os contratos foram revistos.
“O aviso prévio mencionado em telegrama enviado recentemente aos clientes de contrato com os Correios é referente à vigência do atual modelo de prestação dos serviços de encomendas, suas tabelas de preços e códigos”, afirmou a empresa em nota. Assim, a partir do dia 6 de abril deste ano, entrarão em vigor as novas regras de relacionamento com os clientes, incluindo os novos preços dos serviços de encomendas.
Excepcionalmente, o cliente poderá ser categorizado por seu potencial de negócios identificado.
A estatal garantiu a manutenção de todos os serviços e afirmou que não existe possibilidade de os lojistas ficarem sem um produto contratado. “As vantagens dessa política são as condições diferenciadas na prestação dos serviços de acordo com o perfil, consultoria nos aspectos comerciais, operacionais e tecnológicos, benefícios exclusivos e resposta mais assertiva às demandas dos clientes finais”, defendeu os Correios.
e-Sedex
Logo após o envio dos telegramas avisando da categorização, começaram a circular rumores de que a medida seria uma espécie de “balão de ensaio” para o eventual fim do e-Sedex. O serviço, porém, está mantido apenas por força da liminar que saiu em dezembro de 2016. No dia 4 de abril, os Correios e a Abrapost vão se reunir em Brasília para tentar chegar a um consenso sobre a continuidade do e-Sedex.
“O e-Sedex não faz mais parte do portfólio de serviços, está vigente sob os efeitos da liminar que determinou a sua continuidade. Destacamos que na Política Comercial há um pacote de Encomendas especial para o e-commerce, com benefícios atrativos para o setor, incluindo preços”, concluiu a nota da estatal.
Fonte: E-commerce Brasil