A Copa do Mundo de futebol deste ano deve movimentar R$ 1,5 bilhão no varejo brasileiro, segundo a Confederação Nacional do Comércio Bens, Serviços e Turismo (CNC). A estimativa é de que haja um aumento nominal de 7,9% nas vendas em relação à competição que ocorreu no Brasil, há quatro anos.
Em 2014, o faturamento subiu em R$ 1,39 bilhões por conta do evento. De acordo com o levantamento, a cada quatro anos, as vendas sobem principalmente para os estabelecimentos de aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos e artigos de vestuário esportivo.
Na Copa da Rússia deste ano, a CNC espera que o ramo de eletroeletrônicos tenha uma expansão de 49,4% no faturamento, influenciada pela venda de televisores. A pesquisa mostra que o preço do produto permaneceu praticamente estável (alta de 1,1%) nos últimos quatro anos. Em algumas regiões, como São Paulo, Belém, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, as televisões estão mais baratas de quando estavam em junho de 2014.
O impacto das vendas será percebido mais fortemente em 12 estados, que devem concentrar 86% da receita gerada. São Paulo (34,7%), Rio de Janeiro (8,5%) e Minas Gerais (8,3%) estão no topo da lista.
Além disso, por conta da “relativa estabilidade” da taxa de câmbio nos últimos meses, os aparelhos importados devem voltar às prateleiras do varejo especializado. A importação de televisores cresceu 59% nos último seis meses, de acordo com a balança comercial, totalizando 5,5 milhões de mercadorias.
Nos dois primeiros meses do ano, a indústria nacional também aumentou em 31,5% a fabricação de produtos eletrônicos, de informática e óticos em comparação ao mesmo período de 2016.
Segundo a CNC, a evolução recente dos preços favorece a aquisição de novos aparelhos. “A atual tendência de queda das taxas de juros, associada à ampliação dos prazos praticados no varejo nos últimos meses, criou condições mais favoráveis do que aquelas percebidas um ano atrás”, destacou a pesquisa.
Houve redução nas prestações em 10,2% em termos reais em fevereiro de 2018, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Também ocorreu recuo de 18,2% na comparação com o Mundial de 2014.
Fonte: Correio Braziliense