O consumo das famílias é o que tem sustentado o fraco crescimento da economia brasileira, registrando elevações acima do resultado geral do Produto Interno Bruto (PIB). Porém, o componente vem perdendo fôlego nos resultados trimestrais recentes.
Isso indica que, sozinho, o consumo não conseguirá impulsionar a atividade econômica por muito mais tempo. Para ganhar tração e não perder trajetória positiva, o PIB precisará do estímulo nos investimentos.
No trimestre móvel encerrado em abril de 2019, por exemplo, as compras das famílias aumentaram 1,3%, em relação a iguais meses de 2018, período em que o gasto da população havia expandido 3,2%.
Na margem, ou seja, em relação aos trimestres imediatamente anteriores, também se verifica a desaceleração do consumo. Exemplo disso são os resultados dos trimestres móveis terminados em outubro de 2018 (+1,2%), em janeiro de 2019 (+0,4%) e abril do mesmo ano (0,0%).
O economista da Tendências Consultoria, Thiago Xavier, reforça que o cenário de desemprego elevado, renda familiar estagnada e muito comprometida são obstáculos importantes para a continuidade do crescimento do consumo nos próximos meses.
Fonte: DCI