Pesquisa com clientes da plataforma diz que 91% deles estão preocupados com “a atual situação ambiental”
Por Juliana Schincariol
O consumo on-line de produtos com impacto positivo para o meio ambiente, como economia de energia, por exemplo, dobrou em países como Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Uruguai, segundo um estudo feito pelo Mercado Livre.
O levantamento foi realizado a partir de dados da plataforma, colhidos entre abril de 2021 e março deste ano. Cerca de 4,3 milhões de pessoas adquiriram mais de 7,3 milhões de produtos sustentáveis no último ano. O Brasil corresponde a 40% desse mercado e tem mais da metade dos compradores da categoria.
São considerados produtos com impacto positivo aqueles que, por exemplo, geram benefícios socioambientais.
Á categoria de produtos para a casa e móveis foi a líder em vendas no Brasil e na região, sobretudo composteiras e iluminação à base de LED, assim como a seção de eletrodomésticos — há uma busca por produtos de alta eficiência energética, caso de ar condicionado ou microondas. Além disso, cápsulas de café recarregáveis, garrafa reutilizável, coletores menstruais e bicicletas estão no rol de produtos mais comercializados pela plataforma.
Ao analisar o comportamento de mais de 380 mil consumidores na região, o Mercado Livre também vê uma tendência de que a primeira compra seja de um produto sustentável. O número de consumidores brasileiros que optam por estes itens cresceu 32% comparados a 2021, acima do avanço de 29% nos outros países da América Latina.
Uma pesquisa adicional com mais de 3.800 usuários da plataforma, apontou que a maior parte (32%) dos consumidores brasileiros que compram produtos sustentáveis tem entre 35 e 44 anos. Os consumidores acima de 55 anos representam 32% dos compradores. E 91% deles concordaram que “a atual situação ambiental é muito preocupante” devido a fatores como o aquecimento global, contaminação e escassez de água.
Essa é uma tendência que foi percebida pelo Yahoo Brasil, no relatório “Connect Creative Commerce 2022″, que analisa as principais transformações e inovações do varejo. Segundo o documento, guiados pelos pilares ESG (sociais, ambientais e de governança, na sigla em inglês), os varejistas investem em projetos e esforços para reutilizar materiais e minimizar impactos da produção. A economia circular também ganha espaço nas estratégias de comércio, uma vez que se percebe que cada mais pessoas estão dispostas a comprar de marcas que tenham seus produtos ligados a causas sociais ou ligados a práticas sustentáveis.
Fonte: Valor Econômico