A tecnologia tem influência direta no comportamento dos indivíduos e na forma como condicionam seu consumo. Um estudo da Oracle procura entender exatamente essas ligações entre os consumidores e as novas tecnologias – e um fato fica em destaque: os usuários estão mais dispostos a se engajar com marcas que utilizem novas tecnologias quando sentem que estão no controle da própria experiência.
A pesquisa Relatório Varejo 2025 procura mapear o impacto das tecnologias no varejo ao longo dos próximos oito anos e ouviu 709 consumidores em fevereiro de 2017.
Para o público, é bastante interessante a adesão de tecnologias como Inteligência Artificial, Realidade Virtural e Internet das Coisas. Porém, exige um processo de confiança. Se as marcas exagerarem, a reação pode ser negativa. Para 64% dos entrevistados, usar a realidade virtual para navegar em uma experiência personalizada na loja e ter um guarda-roupa escolhido a dedo para experimentar na loja é boa ideia.
Pensando em supermercados, a aposta também é válida: 58% dos consumidores demonstraram atitude positiva quanto à ideia de ter o vendedor de alimentos sugerindo uma lista de compras para sua aprovação com base no histórico de compras e de dados sociais e ambientais.
Existe, ao mesmo tempo, um porém: 54% dos entrevistados indicaram que ter um vendedor de alimentos cobrando e enviando automaticamente seus itens com base no histórico de compras, nos dados sociais e ambientais seria invasivo. Um ponto de cautela para as empresas.
Essa percepção se repete com relação a outras ferramentas: 67% dos consumidores gostam da opção de entrega praticamente em tempo real até a sua porta feita por drones; 64% dos entrevistados responderam favoravelmente ao conceito de ter uma loja sugerindo um acessório sob medida produzido por meio de impressão 3D. No entanto, 57% dos consumidores acham que as recomendações feitas por robôs com base em seu perfil de mídia social são invasivas.
“As marcas devem priorizar a construção de uma forte base para conquistarem a confiança de seus clientes. Atitudes positivas quanto à utilização da realidade virtual e do recebimento de recomendações para acessórios personalizado produzidos com impressoras 3D para os clientes apontam a disposição dos consumidores em adotar novas tecnologias caso estejam no controle da experiência”, aponta Mike Webster, vice-presidente sênior e gerente geral da Oracle Retail e Oracle Hospitality.
O relatório também mostra que, mesmo cautelosos, o público procura uma experiência personalizada. Para 54% dos entrevistados, o conceito de vincular seu rastreador vestível de atividade com a sua farmácia para que ela possa sugerir produtos que atendam suas necessidades específicas de saúde e bem-estar é algo favorável. Além disso, 78% são a favor de ter informações detalhadas sobre os componentes do produto e sua origem antes da compra e 46% indicaram que receber alertas em tempo real sobre recalls dos produtos atuais, e o tempo desde o último recall do fabricante, com base no histórico de compras anteriores melhoraria a sua experiência.
Fonte: NOVAREJO