A agenda dos varejistas não está fácil. Uma vez que o Brasil sofre com a retração econômica e desemprego, o Varejo tem pela frente um segundo semestre marcado por datas como Dia das Crianças, Black Friday e Natal. Dias que exigirão expertise dos comerciantes para lidar com promoções, contar com uma infraestrutura de TI que suporte picos de vendas e, ao mesmo tempo, prover as melhores experiências de compra para os consumidores.
Ainda mais hoje (31), que o País foi marcado pelo fim do processo de impeachment colocando o então presidente interino Michel Temer no poder definitivamente, a agenda do varejo tende a ser mais complexa com o cliente exigindo inovação das marcas diante de uma verdadeira transformação digital. Mesmo os varejistas que já nasceram na digitalização, a busca por criações inovadoras é constante e podem dar certo por meio do Retail Labs.
Esses laboratórios de inovação têm como foco trazer para as operações de varejo os insights necessários para acompanhar os anseios dos consumidores que, na maioria das vezes, já nascem digitais. O painel “Retail Labs: como deixar a inovação no foco?”, um dos debates da 5ª edição do Congresso TI & Varejo, que ocorreu no último dia 18 em São Paulo, reuniu varejistas de vários setores e estágios da jornada digital e concluiu que não há mais tempo para desenvolver e testar as inovações antes de colocá-las em prática.
Atenta a esse movimento, a Teradata lançou há menos de um ano o programa global Teradata Rapid Insights para o varejo. Segundo Maurício de Paula, consultor de negócios sênior para a indústria do varejo e big data para América Latina da Teradata, aproximadamente 5 executivos de diferentes áreas da empresa levam, em média, 6 semanas para entregar um diagnóstico da transformação digital para um varejista.
“Hoje, nossa estratégia é ter uma abordagem diferente para os clientes dessa vertical de negócio e invertemos a ordem. Antes de ofertar tecnologias e discutir aquisições de soluções, fazemos um trabalho de consultoria, analisando as demandas da organização varejista para ajuda-la a trilhar o melhor caminho da inovação”, aponta.
Consultoria construtiva
O que a Teradata está emplacando no mercado brasileiro é fazer uma terceirização do Lab de inovação no varejo, com uma proposta de valor focada no retorno de investimento. A ideia dessa consultoria é que o projeto do Lab evolua para uma negociação de tecnologias e o melhor entendimento do analytics, core business da Teradata, seja com soluções mais simples de Business Intelligence ou mais complexas com recursos de big data.
“Nossa proposta é aumentar a maturidade analítica do varejo brasileiro, que hoje ainda é baixa. A partir das informações passadas pelos clientes prospects, nossa equipe de engenheiros, técnicos e cientistas de dados analisam o cenário e geram uma espécie de diagnóstico para que a empresa varejista tome as medidas necessárias para alavancar os negócios com inovação e tecnologia”, explica o executivo.
Segundo ele, esse trabalho de terceirização de Lab no varejo brasileiro deve ajudar o setor ganhar mais notoriedade dentro da receita da Teradata, posição ocupada hoje pelas verticais de Finanças e Telcos. Segundo Maurício de Paula, empresas dos segmentos de varejo alimentar e de moda estão conversando com a Teradata para negociar essa terceirização do Retail Lab e a expectativa é fechar novos contratos até o final do ano. “A proposta de valor consiste em fazer um link entre a análise da empresa com a ação que vai transformar os modelos de negócio”, conclui o consultor.