Por Henrique Medeiros | Usuários do Zul+ de São Paulo podem usar estacionamentos da Estapar em todo o Brasil graças à unificação de tecnologias de pagamento. Por exemplo, uma pessoa que mora na capital paulista tem acesso aos 700 estabelecimentos da Estapar em todo o País, sem problemas porque as informações dos clientes estão em um só lugar. A solução omnichannel da Adyen (batizada como ‘comércio unificado’) aumentou 2,3% a taxa de autorização de compras, além de recuperar 37 mil transações em um mês. Mas não é só a empresa de estacionamento que usa ferramentas que unificam os dados.
De acordo com uma prévia de um estudo encomendado pela Adyen junto ao Centro de Pesquisa Econômicas e de Negócios (CEBR), o pagamento omnichannel – ou aquele que começa em um canal e termina em outro – está presente em 30% dos varejistas nacionais, com 8% deles prevendo um crescimento de receita em 2024. Não à toa, a adquirente prevê que 2024 será um ano focado em eficiência para o varejo brasileiro, mas com mais possibilidade de avançar no digital e comércio unificado.
A pesquisa revelou ainda a busca pelo aumento das receitas em 2024 por 95% de todo o varejo do Brasil, sendo 65% deles com expectativa de incremento acima de 50%.
“Quando olho a expectativa do varejo, nós vemos a busca para conseguir realizar sonhos ou projetos que estavam parados”, disse Renato Migliacci, VP de vendas da Adyen. “Aqui (omnichannel ou comércio unificado) estamos falando do uso da tecnologia mais eficiente, com dados e melhorias de pagamento ao negócio”, complementou sobre o estudo feito com 2 mil consumidores e 500 empresas com mais de 20 funcionários no começo deste ano.
Metas
Com este cenário, os varejistas pretendem aumentar as receitas com oferta de novos meios de pagamento neste ano (30%), promoção de campanhas personalizadas (29%), planejamento ou diversificação de um produto (28%). Isso em um cenário em que 51% das empresas já aceitam pagamento com carteiras, 25% têm tokenização em suas operações e 25% aceitam one-click to pay.
Outros dados da prévia do estudo mostram que: 52% querem melhorar a experiência do cliente; 48% aumentar a fidelidade; 37% incrementar a experiência nos canais; 37% ter mais eficiência no atendimento; 36% melhorar a compreensão do comportamento dos clientes; 34% reduzir as devoluções; 32% ter maior taxa de conversão de vendas; 22% querem obter dados para terem melhores decisões de negócios; e 18% desejam um maior ticket médio.
Desafios
Contudo, o estudo do CEBR aponta que há barreiras para o crescimento dos varejistas no setor, como:
- Atender às expectativas do cliente, 27%;
- A falta de dados sobre o comportamento do cliente, 23%;
- Falta de orçamento para investir em tecnologia, 19%;
- Falta de estrutura tecnológica, 19%;
- Falta de visibilidade de todos os processos, 12%;
- E o custo de integração com canais para criar um comércio unificado, 12%.
Migliacci lembrou ainda que um quarto (25%) dos varejistas brasileiros tratam canais de vendas como entidades separadas, ou seja, CNPJs diferentes com balanços e resultados financeiros distintos dentro de uma mesma companhia. Além disso, 27% têm provedores de pagamentos diferentes entre a operação online e a loja que causam fricções junto ao cliente e o cliente sente.
Consumidores
A pesquisa também demonstrou que 59% dos consumidores desistem de uma compra em loja física se não puderem pagar como desejam. No online, o abandono do carrinho por falta de opção de um modo de pagamento é de 46%. Isso em um cenário em que quase um terço dos brasileiros (31%) não usam mais carteiras físicas, mas somente carteira digitais para pagamentos; um quarto (26%) deles gostariam que o dinheiro físico (moeda e papel) não existisse mais; e 18% dos brasileiros querem pagar apenas com alguns cliques.
Fonte: Mobile Time