Apesar da crise econômica por que passa o Brasil, o comércio eletrônico deverá crescer 19% entre 2016 e 2020, de acordo com um estudo recente da consultoria Brain & Company.
A estimativa é que, em 2016, o e-commerce fature R$ 48 bilhões no Brasil e, em 2020, até menos que R$ 97 bilhões.
A indústria de e-commerce brasileira conseguiu arrecadar R$ 41 bilhões em 2015, registrando um crescimento acumulado de 22% desde 2010.
Atualmente, a maior empresa do País do setor é a B2W, seguida por Cnova, Mercado Livre, Walmart e Magazine Luiza.
O estudo aponta que o e-commerce é um setor com potencial de crescimento no Brasil, e que consegue se sobressair à crise econômica.
Isso se explica porque o índice de crescimento das vendas online independe da situação varejo no País, indica o estudo. O e-commerce tem a capacidade de crescer de maneira progressiva, potencializando sua participação no mercado como um todo. Mesmo que o comércio seja prejudicado, as vendas online costumam não sofrer interferências.
O que vende mais?
Os eletrônicos e utensílios domésticos foram os preferidos dos clientes dos e-commerce no ano de 2015. As vendas representaram 70% dos negócios, sendo considerada como uma categoria mais consolidada dentro das vendas online.
Outros exemplos de produtos que também estão presentes no comércio online são voltados para beleza e saúde, acessórios, supermercados, entre outros. Por mais que ainda sejam considerados com menos força e impacto na arrecadação final dos e-commerce, a estimativa é que consigam um aumento de participação de 30% a 50%.
Além disso, a penetração de compradores no mercado de hardware e software de computadores e eletrônicos foram as mais significativas, com percentuais de aumento de 48% e 23%, respectivamente. Já os setores de acessórios e vestuário (2%) e de casa e decoração (1%) ainda representaram valores de crescimento muito inferiores que os citados anteriormente.
E-commerce no exterior
O e-commerce também tem sua participação dentro da economia de outros locais ao redor do mundo, como Reino Unido, França, Estados Unidos e Alemanha. O primeiro deles é o que representa a maior penetração do e-commerce em sua economia.
Os números mais recentes (2015) demonstram que o Reino Unido tem uma participação econômica do e-commerce quatro vezes maior do que a brasileira. No País, o e-commerce fatura R$ 16,7 bilhões, representando 3,4% de todas as vendas do varejo. Já nos territórios ingleses, o valor arrecadado é de R$ 72,1, representando 14% de todo o varejo.