Ter cuidado com o cliente, preservar os talentos e continuar investindo, mas com o risco controlado, foram algumas das ideias debatidas pelos painelistas do Congresso Internacional de Shopping Centers, como forma de fazer frente à crise.
Jorge Aguirre, diretor geral da Pizza Hut São Paulo, acredita que dar autonomia ao colaborador é uma forma de fazê-lo se sentir um pouco dono do negócio. “Na crise, não adianta entrar na guerra de preço. É preciso olhar para dentro e ver como motivar e tirar o melhor proveito dos talentos que você tem dentro da equipe”, disse.
Chieko Aoki não abre mão de oferecer o melhor para o cliente. “Fazemos controle de custo todo o tempo e não só na crise. Na crise, revisamos esse controle mas é algo cultural para nós”, disse. Assim, a rede tem tido sucesso na redução de custos usando criatividade em pequenos detalhes da operação.
Não deixar de investir é uma preocupação de Fernando Lunardini, do Carrefour Property Division. “O momento atual do País exige investimento com risco controlado. Não dá simplesmente para cortar investimento, pois é impossível fomentar inovação sem investir”, contou.
Ele também não acredita que crise é motivo para reduzir custo em ações que impactam diretamente o consumidor. Lunardini comentou que a empresa está de olho em tudo que pode ser melhorado na operação dos mercados, desde estacionamento, caixas e galerias, para entender como elevar o patamar da entrega.
Na mesma linha Gustavo Figueiredo, presidente do GRU Airport, disse que a empresa está concentrada em analisar os investimentos para o novo ano e riscar aqueles que não são tão necessários. A empresa possui dez linhas de receita e elegeu o varejo como a principal. “Estamos conhecendo melhor o passageiro e seu perfil para oferecer opções que casem com suas expectativas em serviço e varejo no aeroporto”, comentou. No momento a empresa está negociando com marcas conhecidas pelo frequentador nacional e estrangeiro, especialmente aquelas com maior capacidade de investimento.