Supermercado no interior de MG realizou melhorias no layout, nas compras e no estoque
O supermercado independente Comac realizou uma pequena “revolução” na empresa, com a ajuda da consultoria Evarejo. Com um faturamento de R$ 6,2 milhões no ano passado, a loja fica na cidade mineira de Urupuia, na qual 30% da economia é movimentada pelo agronegócio – único segmento que contribuiu positivamente para o PIB brasileiro no ano passado, com alta de 1,8%, segundo o IBGE. Os outros 70% referem-se à renda associada a benefícios do governo.
Não por acaso, boa parte dos clientes do supermercado é formada por aposentados, beneficiários do INSS. Pensando nesse público, a loja teve sua área de vendas reduzida de 600 m² de área de vendas para 560 m². Segundo Alberto Cavalcanti, administrador do Comac, a ideia é facilitar a locomoção desses consumidores. Para isso, foi excluída a seção de vestuário e reduzido o espaço dedicado aos artigos de pesca. Parte do espaço foi utilizado para ampliar os corredores de 1,30 m de largura para 1,80 m. A fim de incentivar a compra de itens de maior valor e margem, o bazar passou a ocupar a entrada do supermercado. Antes, ficava nos fundos. Com essas melhorias, o tíquete médio teve aumento de 10%.
Outra mudança foi o cálculo das compras. A consultoria realizou uma análise de sortimento, estoque e giro. A partir disso, definiu volumes mais adequados de compras e de mercadorias estocadas. Também foi criado um calendário de ofertas para o ano, com as datas e as ações a serem realizadas. Essas iniciativas resultaram em melhores negociações com os fornecedores. Isso permitiu intensificar as promoções realizadas diariamente para atrair consumidores. Nelas, os produtos-alvo são vendidos com até 9% de desconto.
No ano passado, foi implementado ainda um plano de remuneração variável atrelado a metas. Todos os funcionários participam, com exceção daquelas alocados nos checkouts, entrega e reposição de mercadorias. “Esses setores deverão incluídos no programa neste ano”, afirma Cavalcanti. Ele explica que, conforme o modelo adotado, cada vez uma meta é atingida, o colaborador ganha 1% do seu salário como bonificação. “A cada objetivo conquistado, o percentual aumenta de 1% em 1%”, explica.
O ano de 2015 também foi marcado por maiores investimentos em divulgação. Cerca de 1% a 1,5% do faturamento foi destinado a campanhas. Elas incluíram encartes, inserções em rádio e carro de som.