Para encontrar preços baixos, clientes de supermercados de São Paulo estão dispostos a trair marcas e lojas às quais se consideravam fiéis, aponta uma pesquisa do Sincovaga (sindicato do varejo alimentício e de bebidas).
Consumidores com menos recursos ou medo de perder o emprego estão dispostos a abandonar o costume e a comodidade, diz o presidente da entidade, Alvaro Furtado.
“Os moradores do Estado de São Paulo são escolados, já viveram outras crises, têm memória de como agir e fizeram isso rapidamente.”
Os compradores que se dizem fiéis a marcas mesmo com a recessão econômica são 11,76% do total. Quando o tema é o local de compras, 14,22% dizem que vão seguir no mercado ao qual estão acostumados a ir.
“Ao descobrir que a uma distância maior o dinheiro rende mais, eles fazem viagens mais longas.”
Para manter os clientes em seus supermercados, o Mambo, o grupo MGB passou a fazer promoções por lotes. Ao levar três itens ao caixa, paga-se menos por cada unidade, diz o diretor de negócios André Francez Nassar.
A empresa também tem uma rede de atacarejo, o Giga, que ganhou consumidores durante a crise. “O maior volume de vendas ainda é para comerciantes. Mas nos últimos meses, há um movimento muito mais forte aos sábados e domingos, quando os consumidores finais compram.”