A Colombo, de moda masculina, pretende fechar até o fim do mês um plano de recuperação extrajudicial para fazer um ajuste na companhia e prepará-la para um processo de venda.
Com dívida de cerca de R$ 1,5 bilhão, a varejista espera ter a adesão de 60% dos credores ao plano. A meta é evitar a recuperação judicial. HSBC, Credit Suisse, Santander, Itaú e Banco do Brasil são os principais credores.
Segundo Pedro Bianchi, sócio da Felsberg Advogados, o plano prevê o alongamento dos prazos da dívida da companhia, com um deságio de 20% a 30%, e carência de 12 meses. Além disso, há opção da troca de dívida por ações ou emissão de debêntures com vencimento no longo prazo.
Os resultados financeiros da companhia, publicados em dólar, mostram que as vendas caíram 35% nos primeiros nove meses de 2015, na comparação com o ano anterior, para US$ 101,4 milhões. Já o prejuízo subiu 33%, para US$ 49,7 milhões.
O grupo anunciou em agosto passado fusão de R$ 1,1 bilhão com o Garnero Group Aquisition Company (GGAC), veículo constituído nas Ilhas Cayman em fevereiro de 2014 e listado na Nasdaq. A negociação incluía captação privada de US$ 100 milhões.
Em retorno, a Colombo deveria adquirir US$ 30 milhões em ações da GGAC. O Garnero ficaria com 75% da nova companhia e Colombo, com 25%. A previsão era concluir a operação até março.