De acordo com a pesquisa Hight-Tech Retail® – A Tecnologia e o Comportamento de Compra do Brasileiro –, realizada pela Croma , o que vai influenciar a compra nos próximos três anos são: comodidade (69%), tempo (61%) e atendimento (44%). Na avaliação da empresa, que se dedica ao design de inovações em três unidades de negócios, essa tríade já possui complexidade suficiente para os grandes varejistas, pouco habituados a pensar em big data e ainda incapazes de produzir inovação em larga escala e capilaridade.
Uma das conclusões aponta que, num cenário em que produtos e preços são cada vez mais commodities e copiáveis, a oferta de serviços e experiência de compra são capazes de gerar preferência e maior intenção de compra, por isso devem ocupar ainda mais o foco de atenção de marcas e varejistas.
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A pesquisa High-Tech Retail® também identificou que, nos três anos seguintes, a mudança nos hábitos de compra no Brasil tende a acompanhar o que acontece no restante do mundo. Com a revolução digital e o aumento das interações, presenciaremos com maior frequência, segundo análise da Croma, transformações nas relações sociais e, consequentemente, nas relações de compra.
A partir do estudo, realizado com mais de 3 mil shoppers no Brasil, incluindo 60 casos de neurociência aplicada, a Croma aponta cinco fatores de sucesso para os varejistas nos próximos três anos:
1. Além do plástico
49% dos shoppers pretendem utilizar muito novas formas de pagamento, dispensando o uso de cartões ou dinheiro físico. A revolução trazida pela mobilidade, fintechs, biometria e por empresas como Google passam a fazer parte da pauta de inovação que impactará desde empreendedores autônomos até grandes redes. Como 60,4% dos brasileiros realizarão compras utilizando tecnologias de autoatendimento, o self-checkout está também inserido nesse contexto.
2. Servimos bem para servir sempre
O que vai influenciar a compra são comodidade, tempo e atendimento. O papel os vendedores tende a ser dramaticamente afetado e, nesse sentido, especialistas e técnicos tendem a ocupar posições estratégicas na venda consultiva, inclusive finalizando vendas por dispositivos móveis, sem a necessidade do tradicional checkout.
3. Líderes do varejo e de tecnologia
O omnichanel, quando comparado a uma expansão física, é uma forma barata de ampliar negócios e está 100% pautado em experiências. Impulsionado pelo desejo de independência do shopper, o varejo precisará investir em integração de canais, logística e estoques compartilhados, personalização de layout de lojas, inteligência artificial, big data e tecnologias que promovam a melhor experimentação de produtos em qualquer ponto de contato.
4. Não é só o front-end
69% dos brasileiros acreditam que a tecnologia vai tornar a experiência de compra mais cômoda e personalizada. No entanto, essa premissa é válida desde que haja estratégia de integração de canais e recursos. Caso contrário, apps, sites e demais recursos serão insuficientes para sustentar uma real transformação, gerando frustração, má avaliação dos pilotos e desperdício de investimentos por conta de iniciativas isoladas.
5. Shopper, shopper, shopper
50% da população global estará conectada até 2020, o que justifica o foco no entendimento das jornadas de compra atreladas à tecnologia. O varejo brasileiro, ainda hoje, continua sendo bastante orientado às ocasiões de consumo. Contudo, há muitas possibilidades inexploradas de ativações, no trade, para diferentes ocasiões de compra. Com a tecnologia é possível integrar os canais físico e digital para proporcionar experiências de compra personalizadas. Essa integração promoverá, ao contrário do que muitos pensam, diminuição de custos, aumento do ticket, fidelização e retenção de clientes.
Fonte: S.A. Varejo