O cardápio com mais de 100 opções de produtos, que vão da casquinha tradicional até o exclusivo Shake Mix, passando por sundaes, cascão, tortilhas, novo mix, mix fruit e açaí, faz a delícia dos consumidores da Chiquinho Sorvetes. A empresa que surgiu em Frutal, no Triângulo, em 1980, e aderiu ao franchising em 2010, fechou 2017 com mais de 400 unidades espalhadas pelo País. A projeção para 2018 é a abertura de mais 100 unidades entre lojas de rua, shopping e quiosques.
De acordo com o presidente da Chiquinho Sorvetes, Isaias Bernardes de Oliveira, apenas em 2017 foram 73 unidades abertas. Os principais focos foram o Rio Grande do Sul e as capitais paulista e mineira. Em Minas Gerais, são 54 unidades atualmente e o ano deve fechar com 60 operações em funcionamento.
“Nos primeiros anos expandimos pelas cidades do interior, especialmente no estado de São Paulo, e agora estamos nos voltando com mais empenho para as capitais. Também desenvolvemos um modelo mais enxuto para as cidades com até 50 mil habitantes”, explica Oliveira.
Um dos trunfos da empresa, segundo o executivo, é a distribuição própria. Da fábrica homologada em Goiás saem os produtos que são distribuídos para todo o Brasil. A garantia de qualidade é a arma para a conquista de um público que ainda considera o sorvete apenas como guloseima ou sobremesa, ao contrário de outros povos, que o tratam como alimento. Mesmo sendo um país de clima quente o ano quase todo, o Brasil tem baixos índices de consumo per capto.
Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (Abis), foram consumidos mais de 1 bilhão de litros de sorvetes e o consumo per capita foi de 4,86 litros/ano em 2016, com faturamento do setor acima de R$ 12 bilhões. A Nova Zelândia é o maior consumidor mundial do produto, com 28,3 litros/habitante/ano, seguida pelos EUA (20,8), Austrália (18,1), Finlândia (14,3) e Suécia (14,3).
No Brasil, em 2016 produção do sorvete de massa atingiu a marca de 675 milhões de litros, 195 mi/l de picolés e 133 mi/l de soft. Este segmento conta com 8 mil empresas, sendo que 92% se enquadram entre micro e pequenas, gerando 75 mil empregos diretos e 200 mil indiretos.
“Existe, ainda, um grande mercado a ser conquistado. Trabalhamos para quebrar essas barreiras culturais. Mesmo com o surgimento de produtos para nichos como as paletas e os gelatos, há espaço para todos no Brasil. O que devemos fazer é trabalhar produtos de boa qualidade para derrubar paradigmas como que sorvete é só sobremesa ou para ocasiões especiais”, destaca o presidente da Chiquinho Sorvetes.
Em dezembro de 2017, a empresa deu início à internacionalização dos negócios com três lojas próprias nos Estados Unidos, em Tampa, Miami e Sarasota. O objetivo não é ficar restrito às colônias brasileira e latina no território norte-americano. Foram investidos US$ 1 milhão para o desenvolvimento dessa etapa do projeto, os quiosques americanos são similares aos utilizados no Brasil.
“Optamos pelas operações próprias para sentirmos o mercado, mas o plano é franqueá-las no futuro. Todo desenho do negócio é voltado para atender o mercado local, o morador da cidade. Conquistando esse público damos sustentabilidade ao negócio”, pontua o empreendedor.
Fonte: Diário do Comércio – MG