De julho a setembro, as vendas de mercadorias nos endereços da varejista apuraram queda de 11,4%, com alta em setembro de 3,7%, após quedas em julho e agosto
O comando da C&A disse nesta sexta-feira (13), em teleconferência de resultados com analistas, que, no terceiro trimestre, a velocidade de recuperação das atividades foi maior que as expectativas iniciais do mercado, e que foi o “trimestre da retomada”, disse Paulo Correa, presidente do grupo. De julho a setembro, as vendas de mercadorias apuraram queda de 11,4%, com alta em setembro de 3,7%, após quedas em julho e agosto, versus o ano anterior.
“Há gradual, mas não agressiva, retomada em fluxo nas lojas”, disse ele. “ A expectativa para 2021 é positiva”, se limitou a afirmar.
Observando por categoria, o segmento de moda registra queda. A companhia apurou retração na receita do vestuário de 15,8% de julho a setembro, enquanto a do “Fashiontronics” (celulares, acessórios eletrônicos) aumentou 8,2%. No negócio de vestuário para lojas abertas há mais de 12 meses, o indicador ficou 18,2% menor e no de Fashiontronics, 6,2% maior.
A receita líquida de serviços financeiros, resultante da parceria com Bradescard, foi de R$ 16 milhões, apresentando uma redução de 69,4%. As redes de varejo sentiram, em geral, uma queda nessa atividade após fechamento das lojas com a pandemia.
Sobre esse negócio financeiro, a companhia foi perguntada por analistas sobre o desenvolvimento desse braço, e Correa disse que “a empresa tem consciência e esta indo a fundo [no desenvolvimento de] novas possibilidades e construindo a base para viabilizar produtos e serviços no menor tempo possível aos clientes”. A companhia tem uma parceria com o Bradesco, mas na visão de analistas, o segmento tem evoluído menos do que em outras redes, como Renner e Riachuelo, que oferecem diferentes tipos de produtos.
A C&A ainda disse que vai abrir 10 das 22 lojas programadas para o ano, sendo seis no quarto trimestre. Ainda informou que vai voltar a abrir de 25 a 30 lojas ao ano a partir de 2021, com a normalização prevista do mercado.
A varejista teve prejuízo de R$ 28,2 milhões no terceiro trimestre, versus lucro de R$ 19,1 milhões no mesmo período do ano passado. A receita caiu 14% para a mesma base de comparação, para R$ 1,06 bilhão.
Fonte: Valor Econômico