A Cyrela Commercial Properties (CCP), empresa que tem participação em oito centros comerciais, entre eles o Shopping Cidade São Paulo e o Shopping D, vai lançar em novembro um marketplace exclusivo para os lojistas dos empreendimentos. A expectativa com o lançamento é um incremento de 5% nas vendas totais já em 2018.
A informação foi obtida com exclusividade pelo DCI. De acordo com o presidente da CCP, Pedro Daltro, o marketplace (espécie de shopping virtual) é uma evolução da plataforma ‘ON’, criada em janeiro deste ano e que oferece informações e dicas sobre os shoppings do grupo a clientes cadastrados.
Em torno de 30% dos lojistas dos oito shoppings devem aderir de imediato a plataforma de vendas on-line, que se chamará ‘ON Stores’. No médio prazo, o número pode chegar a 50% da base. Daltro explica que será cobrada uma taxa pela venda, mas que o valor é bem abaixo do praticado no mercado e será usado apenas para cobrir os custos operacionais da plataforma. A ideia com o marketplace, segundo ele, não é gerar uma receita direta ao grupo e sim aumentar as vendas dos lojistas – o que, indiretamente, geraria um crescimento da receita líquida dos shoppings.
“Nossa ideia é ganhar indiretamente, porque na medida que o faturamento dos lojistas aumenta, ganhamos mais com o aluguel proporcional”, diz.
No primeiro estágio da plataforma o consumidor que comprar nas lojas parceiras terá apenas a opção de retirar o produto no ponto físico. A decisão de não oferecer a entrega é estratégica. A ideia é que a ida aos shoppings para retirar o item gere vendas adicionais e aumente o fluxo dos centros.
Com as vendas on-line da plataforma e o ganho adicional no momento da retirada dos produtos, a expectativa da empresa é que o lançamento do marketplace gere em 2018 um aumento de pelo menos 5% nas vendas totais dos lojistas que operam nos centros comerciais do grupo. No longo prazo, o potencial da plataforma é ainda maior, ressalta o presidente da CCP. “No longo prazo pode dobrar essa representatividade. Mas tudo depende do ritmo do avanço do e-commerce no Brasil”, afirma.
A iniciativa da CCP, companhia que também desenvolve e administra imóveis comerciais e galpões logísticos, é inédita no mercado brasileiro de shopping centers. Daltro explica que o investimento no marketplace é uma forma da empresa se antecipar aos impactos que o comércio eletrônico deve gerar no varejo físico e no setor de centros comerciais. “É também uma forma de nos prevenirmos em relação ao avanço do e-commerce e o impacto que gerará na indústria de shopping centers.”
Em relação a expectativa de visitas mensais ao site, o executivo afirma que espera, nos primeiros meses, um fluxo de 100 mil visitantes por mês. Questionada, a companhia não divulgou o valor investido até o momento na plataforma.
Segundo Daltro, cada um dos shoppings da CCP terá um espaço independente dentro do marketplace. Quando o consumidor entrar na plataforma ele terá que escolher um dos centros e será redirecionado para uma página com os lojistas do empreendimento. A empresa controla também o Tiête Plaza Shopping, Metropolitano Barra, Grand Plaza, Shopping Cerrado, Parque Shopping Belém e Estação BH.
Fonte: DCI