Filas que chegam a uma hora de espera aos finais de semana e disputa por selfies com o totem do Cake Boss comprovam a popularidade do confeiteiro Buddy Valastro no Brasil. Inaugurada em dezembro, na região da rua Oscar Freire, em São Paulo, a loja já é considerada um sucesso e vai abrir caminho para outras no Brasil: a meta é abrir seis unidades em até três anos.
As novas lojas devem ser instaladas em shopping centers. Campinas (93 km a noroeste de São Paulo) é a próxima cidade a receber uma Carlo’s Bakery, ainda sem data de inauguração, segundo o empresário Marcos Kherlakian, sócio de Buddy Valastro no Brasil.
“As pessoas que vêm à Carlo’s Bakery não vêm comprar um doce, vêm em busca de uma experiência. O Buddy é um fenômeno, estamos surpresos com os resultados da primeira loja”, afirma.
Tem brigadeiro, paçoca e goiabada
Para entrar no país, o cardápio passou por adaptações. Foram incluídos, por exemplo, sabores tipicamente brasileiros, como brigadeiro, paçoca e goiabada, em cupcakes que custam R$ 14. Os doces mais vendidos, porém, são os cannoli, que também custam R$ 14, com opções de recheio. Bolos inteiros custam a partir de R$ 200. “Todas as receitas foram aprovadas pelo Buddy”, diz Khelakian. Parte da equipe recebeu treinamento nos EUA.
Vencedor de reality trabalha na fábrica
Entre os funcionários, está Rick Zavala, vencedor do reality show Batalha dos Confeiteiros, exibido pela Record em 2015. Além de R$ 200 mil, ele ganhou um contrato de 12 meses com a loja brasileira. A segunda parte do prêmio demorou um ano para sair por causa do atraso com o projeto da loja.
Zavala é o “cake designer” responsável pelos bolos esculpidos, feitos sob encomenda, na fábrica, que fica no bairro do Pinheiros. Kherlakian não divulga números, mas afirma que a fábrica foi projetada para atender às seis lojas da primeira fase da expansão.
Sobre o sócio famoso, o empresário é só elogios. “Trabalhar em parceria com a Carlo’s Bakery é um desafio. Buddy é muito exigente, senão não seria o fenômeno que é. Mas ele é um excelente sócio”, declara.
Novidade atrai, mas movimento deve estabilizar com o tempo
Marcas americanas, de forma geral, têm boa aceitação entre o público brasileiro, e o fato de haver uma personalidade da TV envolvida também ajuda o negócio, segundo André Friedheim, da Francap, consultoria especializada em expansão de marcas nacionais e internacionais. “Os doces já fazem parte dos hábitos de consumo dos brasileiros. A empresa pode ter dificuldade com os bolos de pasta americana, que são bonitos de se ver, mas não é da nossa cultura.”
Ele diz que a novidade gera o desejo de experimentação, mas, com a expansão, a demanda deve estabilizar. “Também é importante ficar atento aos desejos dos consumidores, que estão cada vez mais preocupados com alimentação saudável. Desenvolver produtos com menos açúcares pode ser uma possibilidade para o futuro”, declara.
Fonte: UOL Economia
