Após lançar a campanha “Tudo Lindo & Misturado”, em 2016, a C&A leva essa visão a um novo modelo de experiência de loja. A novidade vem traduzir um olhar mais versátil, acessível e inclusivo sobre a moda ao ambiente físico. Desenvolvida pelo time interno e multifuncional da marca, a recém-reformulada C&A do Shopping Center Norte, na capital paulista, que foi inaugurada oficialmente nesta quinta-feira, 27, conta com um estilo arquitetônico mais limpo, design modular, que permite mais flexibilidade na exposição e construção dos espaços internos, e iluminação que ressalta os produtos.
O projeto, que está há mais de um ano sendo trabalhado, também possui vitrine que possibilita visualizar a dimensão da unidade, e preocupação com sustentabilidade, uma vez que usa materiais que reduzem o consumo de água e energia, destinou corretamente os resíduos gerados pela obra e usa cabides produzidos com material reciclado. “A proposta principal dessa loja é conectar de forma simples e rápida a cliente à sua necessidade e desejo, com pontos de destaque para o produto e a experiência dela no processo de compra”, explica Paulo Correa, presidente da C&A.
Toda a base do trabalho da marca é estabelecida pelos seus consumidores. A rede detém um Conselho Fashion, com aproximadamente duas mil clientes que opinam em questões como campanhas, estampas para coleções e estilistas que desejam para as novas parcerias da C&A. Além disto, a empresa possui um grupo de consumidores betas, focado em entender os desejos dos homens e que auxilia na descoberta de tendências para esse público. Ambos foram consultados quanto ao que gostavam nas lojas de C&A e o que queriam de diferente no ambiente. O modelo passou por um processo de experimentação no Escritório Central da empresa, em São Paulo, onde eram recebidas visitas tanto do Conselho Fashion quanto dos consumidores betas. “Os feedbacks dessas visitas mostraram o que realmente atendia as expectativas, os pontos que superavam, aqueles que elas ainda sentiam falta e todo o resultado desse processo pode ser conferido nesta unidade”, acrescenta Paulo Correa.
Para o público feminino, os perfis de estilo foram reduzidos de seis para três, tendo sido criadas novas propostas de valor para cada um deles. Ademais, os provadores ganharam nova decoração e disposição, além de um botão que permite chamar um colaborador da loja para auxiliar o cliente. Em conjunto ao desenvolvimento do projeto – que visava ouvir os clientes e associados da marca –, o botão já havia sido aplicado em lojas como a do Morumbi Shopping.
A C&A está presente em todas as regiões do Brasil 270 lojas físicas, além da loja virtual. “Em relação à aplicação desse novo formato para as demais lojas, posso dizer no momento que isso está considerado em nossa estratégia e avaliaremos os resultados”, diz o profissional, quando questionado a respeito da expansão do projeto em todas as lojas da marca. Para ele, a expectativa é fazer com que os consumidores se sintam à vontade em suas unidades para que possam se expressar por meio da moda, livre de qualquer pré-conceito ou estereótipos. “Não podemos controlar o contexto econômico, por isso continuamos apostando fortemente em nosso propósito, ajudando as pessoas a se expressarem por meio da moda”, conclui.
Um 2016 de mudanças
Com 40 anos completados em 2016, a C&A criou um novo conceito de marca, intitulado “Tudo Lindo & Misturado”. A assinatura, criada pela AlmapBBDO, marca a nova visão sobre moda da C&A, mais libertária e respeitosa quanto aos gostos, opiniões e desejos pessoais de seus clientes. Em pesquisas conduzidas no Brasil e no mundo, a empresa constatou um jeito novo de consumir produtos do segmento, abandonando os anseios de acompanhar tendências e pertencer ao mundo por meio da moda e adotando uma postura mais proprietária quanto a ela.
Com apenas um ano de relacionamento, a AlmapBBDO alegou divergências de pensamento para encerrar a parceria com a C&A, que passou a ser cliente da CuboCC. Esta foi uma das agências que disputaram a conta da marca com AlmapBBDO e Leo Burnett Tailor Made, em 2015, quando a empresa deixou de trabalhar com a DM9DDB – a primeira agência externa a atender a marca, no Brasil. Consultada, a C&A diz que a mudança de agência não teve qualquer relação com o novo olhar da empresa sobre a moda e que este posicionamento permanecerá nas ações da marca.
Fonte: Meio & Mensagem