A Brasil Pharma pretende vender a rede de franquias Farmais em até 60 dias após a homologação do plano de recuperação judicial. Os recursos serão usados para pagar os credores, e deve criar duas novas redes de franquias, que ainda não estão em operação, com as marcas Big Ben e Santana, antigas varejistas do grupo que já tiveram todos os seus pontos fechados.
A companhia ainda aguarda a homologação do plano de recuperação pela Justiça de São Paulo para prosseguir com a reestruturação da holding que controla redes de drogarias, disse o diretor financeiro e de relações com investidores, Leonardo Campos, em teleconferência com analistas sobre o resultado do trimestre.
O plano, aprovado em assembleia geral de credores no dia 27 de setembro, teve o apoio de 97,44% dos detentores de créditos trabalhistas, 80,23% dos donos de créditos quirografários (sem garantia real) e 100% dos credores de micro e pequenas empresas. A companhia está em recuperação judicial desde janeiro.
No terceiro trimestre, a Brasil Pharma registrou um prejuízo líquido de R$ 12,3 milhões, após resultado negativo de R$ 1 bilhão um ano antes. A forte redução reflete a reversão na linha do resultado de operações descontinuadas, que passou de R$ 930,7 milhões negativos, no terceiro trimestre de 2017, para R$ 7,8 milhões positivos no mesmo período deste ano.
A receita da companhia caiu 20,9%, na mesma base de comparação, passando de R$ 2,9 milhões para R$ 2,3 milhões. No parecer de auditoria que acompanha o demonstrativo financeiro, o auditor independente, a BDO, disse que não foi possível “obter evidência apropriada e suficiente” para fundamentar a conclusão sobre as informações contábeis intermediárias.
Fonte: Valor Econômico