A Brasil Pharma enviou novos documentos para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em que informa prejuízo acumulado no ano, até novembro, de R$ 1,52 bilhão. Ao fim desse período, o patrimônio líquido da empresa estava negativo em R$ 1,22 bilhão.
Dados de 2017 até setembro, publicados naquele mês, mostravam patrimônio negativo menor, de R$ 1,1 bilhão. E os prejuízos de janeiro a setembro somavam R$ 1,45 bilhão.
São “mais de 15 mil credores” e “mais de 4,5 mil empregados”, informou a empresa, em nota ao mercado. Na lista de credores, divulgada há pouco pela companhia, figuram fornecedores de produtos e serviços, como as indústrias farmacêuticas Abbott, bayer, Cimed e Nivea.
Também estão na lista funcionários e concessionárias de serviço público, como empresas de energia. A empresa informava em balanço do terceiro trimestre que seus maiores credores eram Banco IBM S.A. e BTGI VIII Empreendimentos e Participações S.A.
Dívidas
O banco BTG Pactual é o maior credor da Brasil Pharma, com R$ 574,3 milhões em operações de crédito, além de ser o único comprador de uma emissão de debêntures de R$ 400 milhões, ocorrida no ano passado, informa material divulgado pela empresa ao mercado minutos atrás. A empresa deu entrada em pedido de recuperação judicial hoje.
Em relação a essa emissão de debêntures especificamente, entra como credor a Pentágono, agente fiduciário da operação, em valores atuais de R$ 410,8 milhões.
No total, somando todos esses valores em operação de crédito e na emissão de dívida, a quantia a vencer com o BTG (e com sócios do banco, ligados a uma holding que não faz parte da instituição) atinge R$ 984,3 milhões. O Valor já havia antecipado, na edição de ontem, que atualizado, o montante girava em R$ 1 bilhão.
Ainda estão presentes na lista o Banco IBM, com R$ 22,2 milhões, já vencidos.
Fonte: Valor Econômico