Um estudo realizado pela Nielsen mostra que nove em cada dez brasileiros estão dispostos a pagar mais para consumir produtos de alto valor agregado, classificados como premium. Mas, considerando sua situação econômica, apenas 7% consideram que têm dinheiro para gastar livremente com este tipo de produto. O levantamento faz parte do Estudo Global da Nielsen sobre Produtos Premium, que envolveu entrevistas com 30 mil consumidores em 63 países.
De acordo com a pesquisa, 54% dos brasileiros consideram que sua situação econômica está melhor do que há cinco anos. No entanto, 54% dos consumidores informaram que só têm recursos econômicos para comprar comida. Outros 39% consideram que vivem confortavelmente e podem comprar algumas coisas. Apenas 7% consideram que podem gastar livremente.
O bolso apertado, no entanto, não reduziu o desejo dos consumidores por produtos de maior qualidade. Ao todo, 93% dos brasileiros disseram que estão dispostos a pagar mais por um produto de marca premium, se o produto tiver alta qualidade e padrões de segurança; 90% estão dispostos a comprar se o produto tiver funções superiores ou oferecer algo exclusivo e 89%, se tiver materiais sustentáveis ou ingredientes orgânicos.
A preferência por produtos mais sofisticados varia de acordo com o setor. Roupas e sapatos lideram a lista de preferência para 40% dos participantes do estudo, seguidos por eletrônicos (40%), carne ou frutos do mar (35%) e produtos para cuidado capilar e higiene bucal (34% ambos). Outros como desodorante (33%), cuidado corporal (32%) e lácteos (31%) também são importantes.
Em relação aos locais de compra de produtos premium, 32% dos brasileiros afirmaram que compram linhas mais sofisticadas em lojas de varejistas nacionais, enquanto 29% compram em sites também nacionais. Apenas 10% disseram que compram em lojas no exterior e 9% compram em sites de comércio eletrônico internacionais.
Antes de comprar produtos premium, 48% dos brasileiros fazem pesquisas sobre os produtos; 36% seguem as recomendações de amigos ou familiares, 32% têm como fonte a publicidade na televisão, 30% a publicidade on-line e 24% a publicidade na loja.
Fonte: Valor Econômico