A Adidas busca reforçar a sua operação on-line no Brasil desde 2017. A companhia reduziu drasticamente a publicidade em TV e baseou sua estratégia de marketing em influenciadores digitais, para impulsionar as vendas pela internet. Para isso, a Adidas escolheu como influenciadores a cantora Anitta, a youtuber Kéfera e os portais SneakersBR e Mahamudra Brasil.
A meta inicial era quadruplicar a receita com vendas on-line. Globalmente, o plano prevê vendas EUR 4 bilhões em 2020. No ano passado, o faturamento com a operação digital foi de EUR 1,6 bilhão.
Em 2017, a Adidas abriu 5 lojas no país e fechou outras 2, chegando a um saldo de 25 unidades, além da operação de comércio eletrônico. Procurada ontem, a empresa informou que não tinha porta-voz disponível para entrevista.
De acordo com a Euromonitor International, a Adidas fechou o ano com 23,6% de participação, seguida pela Nike, com 20% de participação, Asics (6%), Mizuno (marca gerida pela Alpargatas, com 4,6%) e Olimpikus (da Vulcabras Azaleia, com 3,7%). O mercado de artigos esportivos medido pela Euromonitor inclui roupas, calçados e acessórios e movimentou R$ 24,9 bilhões em 2017, com crescimento de 3%. A Adidas movimentou R$ 5,87 bilhões no Brasil no ano.
Cecília Maronna, executiva de contas da Kantar Worldpanel, observou que o mercado on-line é o que mais cresce em vendas de tênis no Brasil. Enquanto o varejo de tênis encolheu 3,2% em volume em 2017, as vendas on-line cresceram 23%. Atualmente, o comércio eletrônico representa 3% das vendas totais de tênis no país.
Fonte: Valor Econômico