Estão lembrados de todas as vezes em que O Boticário assumiu posições claras sobre temas polêmicos – sociais, principalmente? Pois bem. A marca é bastante engajada – o que é ótimo – e andou mostrando isso de formas diferentes. Uma dessas maneiras está ligada a questões como sustentabilidade e inovação.
Por mais que não seja fácil, para as indústrias, reduzir o uso de recursos naturais no processo de produção – porque isso envolve a troca de maquinários e investimentos de grandes vultos – o Grupo Boticário vem à frente dessa tendência. A cada ano, a empresa reduz ainda mais a pegada hídrica de suas operações: desde 2005 já diminuiu em 61% o consumo de água no processo industrial da fábrica de São José dos Pinhais, a mais antiga do Grupo, instalada no Paraná. O número em questão é muito positivo, porque superou a meta estabelecida que previa que, até 2018, 50% do consumo de água seria reduzido em relação a 2005.
Como foi feito?
Entre as iniciativas que mais contribuíram para a redução no consumo está o sistema de reuso de água nas fábricas do Grupo Boticário. Em 2016, cerca de 27% da água consumida nas plantas industriais da empresa foi proveniente de reuso. Além disso, o sistema de lavagem dos utensílios usados na fabricação dos produtos, que era realizada manualmente, agora é feita com uma lavadora automática. Isso permite economia de água, mantendo a qualidade do processo.
De acordo com a empresa, cerca de 35% do consumo dos centros de distribuição do Grupo Boticário, instalados em São Gonçalo dos Campos e Camaçari é proveniente de água da chuva. Outro exemplo relevante para o uso racional da água vem das unidades do Grupo Boticário na Bahia.
Lição para o mercado
“O processo de economia de água em uma indústria é semelhante ao que podemos desenvolver em casa. Começamos identificando onde estão os principais pontos de gastos e as oportunidades de investimento. A economia financeira que temos com a redução no consumo justifica novos investimentos e, assim, o processo se torna cíclico”, comenta Malu Nunes, gerente de sustentabilidade do Grupo Boticário.
“Aqui no Grupo Boticário, começamos com uma medição setorizada, depois seguimos para o reuso da água e utilização de água da chuva, para finalizar com a instalação de processos e equipamentos mais ecoeficientes que nos garantem a redução no consumo anual, com benefícios para todos”.
De dentro para fora
Além disso, quando o assunto é água, os resultados do Grupo Boticário somam-se às iniciativas da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Exemplo disso é o Oásis, frente de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), criada em 2006 pela instituição. Por meio de uma metodologia própria, e em parceria com governos e entidades privadas, a iniciativa recompensa financeiramente proprietários particulares dispostos a conservar áreas naturais e adotar práticas adequadas de uso do solo.
“O Oásis é alternativa para conservar recursos hídricos porque os proprietários se comprometem, entre outros fatores, a proteger as nascentes dos rios existentes em suas áreas naturais conservadas”, explica Malu Nunes, que é também diretora executiva da Fundação. Em onze anos, o Oásis já beneficiou 434 propriedades, protegendo em torno de 3.960 hectares de áreas naturais nativas em quatro estados brasileiros: São Paulo, Santa Catarina, Bahia e Minas Gerais.
Fonte: Consumidor Moderno