Enfim, chegamos em novembro, o mês mais esperado pelo varejo físico e online, que é quando tem Black Friday – a data de maior relevância para o setor no Brasil. É o período em que todo o comércio espera ansioso superar os resultados dos anos anteriores, esse ano especificamente com uma previsão de aumento de 15% no meio eletrônico segundo o eBit. E do outro lado o consumidor, sempre aguardando as melhores ofertas, os menores preços, mas também uma boa experiência de compra.
A data é uma oportunidade sim de lucro acima da média para as empresas, inclusive em sua origem o intuito era justamente recuperar os possíveis prejuízos de meses anteriores, mas também é o momento de estratégia para ter uma boa repercussão: você abre mão de lucro em determinados produtos relevantes e reduz o lucro em outros produtos. Outros também, o desconto pode ser mais próximo do simbólico, como os já praticados em vendas por boletos ou em descontos de primeira compra.
Particularmente me agrada a ideia de dividir seu sortimento em grupos: produtos 5 estrelas, 4 estrelas, 3 estrelas, 2 estrelas e 1 estrela. No primeiro grupo, por exemplo, poderia comportar eletrônicos, enquanto na última classificação produtos de menos procura. Após essa divisão, vamos ao estudo de margens de descontos: dentro do grupo 5 estrelas, 5% do sortimento teria descontos consideráveis, entre 30% e 50%, enquanto o restante ficaria com uma margem de 10% de desconto. Já no grupo 1 estrela, onde se concentrariam os produtos de menor procura ou acumulados em estoque, os descontos variariam entre os valores máximos possíveis sem afetar o ecossistema operacional e financeiro.
Na parte comunicativa da campanha, você conseguiria apresentar produtos que realmente o consumidor busca com descontos altos, enquanto conseguiria recuperar capital de giro com descontos ainda maiores em produtos de baixa saída. E assim, claro, não correria o risco de ganhar aquele temido selo e fama de Black Fraude, que fica cada vez mais visível com a ajuda das ferramentas comparativas de preços, como o serviço oferecido pela zoom.com.
E é nesse instante também que você além de aumentar o faturamento, você conquista novos clientes. Muitas vezes com receio um consumidor em potencial ainda não é seu cliente, mas diante de uma oferta tentadora, decide arriscar e, se tem uma experiência de compra satisfatória, cria fidelidade. Isso mostra o quão importante se faz uma boa integração de áreas dentro do varejo.
Como exemplo, temos o comercial que precisa estar alinhado para garantir as ofertas de forma estratégica, o marketing para anunciar exaltando os melhores pontos e oportunidades da data, de toda a equipe de desenvolvimento e TI afinada para evitar qualquer problema técnico durante esse período, da logística de entrega para surpreender o consumidor entregando o seu pedido no prazo ou antes do esperado e da equipe de
pós-vendas, capaz de analisar como se deu todo esse processo e aproximar mais o consumidor da marca, além de solucionar prontamente quaisquer avarias.
O Black Friday não é só uma oportunidade imediatista de alavancar vendas, é uma estratégia de médio e longo prazo, como vemos o case de sucesso da Magazine Luiza, que tem ganhado cada vez mais força no mercado principalmente após a sua ação de 2017, onde realizou vendas de produtos no escuro por baixos valores que na verdade valiam bem mais do que o cobrado. A marca que viu suas ações saltarem de R$ 70 em novembro de 2017 para R$ 170 em novembro desse ano.
Fonte: E-Commerce News