Apesar do baixo índice de consumo das famílias brasileiras devido à recessão econômica, a Black Friday, que acontece este ano no dia 25 de novembro, deve aquecer o mercado de varejo físico e online. O evento é a maior data de venda do e-commerce no ano já superando o Natal e outras datas sazonais consideradas importantes pelo comércio, como o Dia das Mães e Dia das Crianças. De acordo com estimativa de dados gerados a partir do histórico das edições anteriores e com base no tráfego (www.blackfriday.com.br), idealizador do evento no Brasil, no período, em 2016, a expectativa de faturamento é alcançar a marca de R$ 2 bilhões, um aumento de 34% em relação a 2015, quando movimentou mais de R$ 1,53 bilhão.
Segundo o levantamento, na Black Friday de 2015 foram registrados mais de 3,1 milhões de pedidos. Neste ano, não será diferente e a previsão é aumentar o número em 29%, ultrapassando os 4 milhões de pedidos. “No ano passado tivemos uma alta de 49% e essa tendência de crescimento deve se confirmar ainda mais com a crise econômica. As pessoas estão aguardando a data para as compras de fim de ano. Quem não estava comprando por causa da recessão vai aproveitar o evento atraído pelos descontos”, diz Ricardo Bove, diretor da BlackFriday.com.br.
Ainda de acordo com o mapeamento, o ticket médio na Black Friday, que já é consideravelmente maior do que o de uma data normal no comércio virtual – cerca de 30%, deverá ter uma variação em torno de 5%, um pouco acima de R$500,00. “No ano passado, o gasto médio foi de R$ 492,00 e para este ano espera-se leve aumento, devido ao amadurecimento da data e relativa estabilização dos produtos mais procurados”, afirma Bove.
No estudo da BlackFriday.com.br as principais intenções de compras para a edição 2016 são ligadas aos produtos com maior valor agregado e de desejo. Os itens que devem se destacar serão os smartphones, seguidos por televisores, notebooks e eletrodomésticos. Em 2015, as cinco categorias que mais faturaram na data foram os eletrodomésticos (R$ 371 milhões), celulares (R$ 328 milhões), eletrônicos (R$240 milhões), informática (R$147 milhões) e móveis (R$74 milhões).
As passagens aéreas e pacotes de viagens também são itens que deverão apresentar resultados expressivos neste ano. “Há cerca de três anos, esses segmentos eram um pouco descolados do calendário de promoções, mas agora embarcaram de vez na Black Friday. Para se ter uma ideia, na edição de 2015 as passagens aéreas e os pacotes de viagem cresceram em procura da 20ª posição para a 15ª posição, e a expectativa para este ano é que se consolidem entre os dez mais procurados”, explica Ricardo Bove.
Para o executivo, os maiores diferenciais que o consumidor busca no ato da compra são o preço dos produtos, parcelamento e confiança nas marcas. “Especialmente na Black Friday, além do desconto oferecido, que é o primeiro item para a decisão de compra, a navegabilidade e manutenção do site no ar são quesitos muito importantes para os usuários que compram pela internet. Se por algum motivo o consumidor não conseguir finalizar a compra, a loja perde a venda e um futuro cliente devido a experiência ruim com o site”, assegura Bove.
Para a blackfriday.com.br de 2016 estão sendo previstas melhorias de usabilidade pensando no consumidor, como destaque diferenciado entre cupons e produtos bem como navegação mais clara e direta para as categorias de maior interesse do usuário. “Realizando a Black Friday desde 2011 identificamos algumas necessidades do consumidor e para este ano preparamos melhorias de experiência do usuário, como um menu permanente somente com as categorias mais desejadas”, revela o executivo.
Por fim, o levantamento da blackfriday.com.br constatou que 72% das pessoas tiveram uma boa experiência em compras no Black Friday 2015, 89% indicariam um amigo ou parente a comprar no Black Friday, e 92% pretendem comprar no Black Friday 2016.
A Black Friday se popularizou no Brasil em 2011, com o portal Busca Descontos, e desde então cresce exponencialmente, batendo recorde de vendas ano a ano. “Diferentemente dos Estados Unidos, começamos com um evento online que passou para o varejo físico e, atualmente, a Black Friday brasileira atinge desde o pequeno até o grande varejista. Os lojistas entenderam essa concorrência e estão se preparando cada vez mais para a data com o intuito de atender a demanda e aos consumidores mais informados”, diz Ricardo Bove.