Após enfrentar “turbulências” no período de recessão econômica, o setor de beleza e cosméticos acredita no potencial das redes sociais, na alta demanda do público masculino e na exportação de produtos para mercados emergentes para retomar o crescimento.
“Nos últimos três anos, o que temos visto é uma reciclagem do setor, no sentido de que as redes sociais mudaram a dinâmica desse mercado. Pelo aumento da concorrência, tanto as indústrias como o varejo têm estabelecido novos lançamentos especiais para o público masculino”, argumentou o superintendente da principal feira do setor, Beauty Fair, Cesar Tsukuda.
De acordo com ele, esse mercado vem registrando maior maturidade em relação aos produtos voltados para o público masculino. “Vemos a reorganização dos pontos de venda especificamente para receber os itens focados nesse segmento de consumidor, especialmente cosméticos para barba e cabelo”, complementou ele.
Em relação à exportação, ele explica que marcas brasileiras de pequeno e médio porte começam a vislumbrar maior participação em mercados estrangeiros. “Muitos negócios têm migrado para Portugal, que é uma boa porta de entrada para a Europa, e países árabes também. Além disso, América Latina atrai as marcas pela proximidade geográfica”, afirmou o superintendente.
Um dos exemplos de negócio com planos de expansão internacional é indústria especializada em cosméticos produtos de perfumaria homecare G.Hair. “A exportação é importante por alguns motivos: Melhorarmos a qualidade dos produtos para competir em um mercado global; Trabalharmos com várias economias, mantendo assim uma média de faturamento, respeitando o momento econômico de cada país; e trazer divisas para o Brasil. Sem contar que conseguimos ampliar a visibilidade da marca”, afirmou o diretor da marca, Alfredo Miras.
De acordo com o executivo, produtos voltados para o alisamento de cabelo devem apresentar maior demanda no Golfo Pérsico, Europa e Índia. Já a linha de perfumaria homecare deve ser comercializada em maior escala em países como Angola, Índia, Chile, Colômbia e também Alemanha.
Na mesma perspectiva, a RbKollors pretende fortalecer a presença em outros países por meio do investimento nas redes sociais. “Cerca de 90% das nossas vendas são realizadas por meio das plataformas online e mídias sociais. O engajamento dos clientes nesses espaços, inclusive, tem sido crucial para a composição do portfólio de produtos e lançamentos de novas linhas”. argumentou a fundadora do negócio, Renata Barcelli.
Ainda de acordo com ela, a estratégia voltada para as redes sociais e uma maior presença nos mercados estrangeiros fará com que o faturamento do negócio dobre até 2020. Atualmente, a receita da empresa está em R$ 5 milhões. Além disso, a marca tem distribuição em países como França, Portugal, Peru e Colômbia.
Fonte: DCI