Conclusão é de um estudo do banco de investimentos Credit Suisse. Redes regionais foram responsáveis por 74% das aberturas no formato entre 2019 e 2021
Por Redação
O atacarejo ainda tem potencial para abertura de cerca de 420 novas lojas nos próximos cinco anos, segundo relatório do banco de investimentos Credit Suisse . O principal motivo apontado é a conjuntura econômica. Afinal, a inflação alta, o PIB (Produto Interno Bruto) em baixa e a perda de renda têm levado o consumidor a buscar produtos mais baratos e, neste sentido, o modelo leva vantagem.
Com preços cerca de 15% abaixo dos demais formatos, o cash & carry virou o destino dos consumidores finais, sobretudo nos últimos tempos, em que não há mais a necessidade de comprar grandes quantidades, além da possibilidade de pagar com todos os tipos de cartões.
Em entrevista à edição de dezembro da SA Varejo, tanto o Grupo Mateus quanto o Assaí veem ainda um ritmo forte de crescimento do atacarejo num horizonte de cinco anos, alinhando-se assim ao potencial estimado pelo Credit Suisse.
Já o Itaú BBA destaca, em relatório divulgado recentemente, que as redes regionais foram responsáveis por 74% das novas unidades de atacarejos que surgiram no mercado nos últimos dois anos. Os grandes players – Atacadão (do Carrefour), Assaí e Mix Atacarejo (Grupo Mateus) – representam apenas 26% do total de 370 lojas que surgiram no período.
A forte expansão do cash & carry tem aberto uma série de discussões sobre o seu futuro. Entre elas, uma possível sobreposição de lojas e canibalização de vendas e a complexidade do sortimento, que avança a passos largos. Diferentemente de dez anos atrás, o modelo incluiu no mix itens perecíveis, como hortifrútis e, mais recentementem, serviço de açougue.
Fonte: S.A. Varejo