“Todo mundo pode construir um atacarejo, mas ter uma boa operação é outra coisa”. A afirmação foi feita por Noël Prioux, CEO do Grupo Carrefour no Brasil, a jornalistas após o Carrefour Investor Day, evento para investidores e analistas de mercado, realizado ontem (12/03) na capital paulista. Para ele, a expertise e a escala do Atacadão, bandeira de cash & carry do Grupo, são diferenciais competitivos diante da concorrência com as redes regionais do setor, que, cada vez mais, investem no formato.
“O cash & carry é um formato muito difícil de se trabalhar. A maneira de comprar, por exemplo, é diferente do varejo”, afirmou Prioux. Também é preciso ter escala para garantir preços realmente competitivos e diluir custos operacionais. Segundo ele, os dois maiores players do formato abrem em torno de 15 a 20 lojas ao ano – número difícil de ser alcançado pelas empresas regionais.
Para o Carrefour, o formato ainda tem espaço para avançar no mercado. Estudo feito pela companhia identificou potencial para 120 a 140 novas lojas de atacarejo no País. Neste ano, a companhia prevê a construção de 20 unidades do formato. Além disso, existe ainda a possibilidade de converter cinco hipermercados em lojas de cash & carry, mas não há previsão de data.
Noël Prioux também comentou que a empresa estuda a implementação no Brasil de um modelo de franquias ou parcerias com pequenos varejos. “Isso não é para este ano, mas estamos avaliando formas de crescer nossa operação de supermercados mais rapidamente”, disse o executivo. “Inicialmente, poderíamos começar com colaboradores do grupo que tenham interesse em se tornar franqueados”, comentou. Só no segmento de proximidade, a companhia pretende dobrar a metragem quadrada de área de vendas nos próximos dois anos. O segmento fechou 2017 com 119 lojas Express. A previsão é inaugurar 20 em 2018.
Fonte: Supermercado Moderno