Atacadistas e distribuidores estão otimistas quanto ao desempenho em 2017, após terem faturado 250,5 bilhões no ano passado, mostrou pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela entidade que representa o setor Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad).
A expectativa é que o setor deve registrar alta real de ao menos 1% no faturamento em 2017, dada a melhora do cenário econômico a partir do segundo semestre, de acordo com o presidente da Abad, Emerson Destro.
No primeiro trimestre, contudo, atacadistas e distribuidores faturaram 6,15% menos ante o mesmo período de 2016, com os consumidores ainda contendo os gastos em meio ao desemprego. Somente em março, houve alta real de 16,5% ante fevereiro, mas queda de 2,33% na comparação com igual mês do ano passado.
Em 2016, o faturamento cresceu 0,6% em termos reais e 6,9% nominalmente ante 2015. “O resultado, embora se aproxime da estabilidade, é considerado satisfatório”, informou a entidade, destacando que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional teve retração de 3,6% no ano passado.
Ainda de acordo com o levantamento, agentes de distribuição respondiam por 53,7% do mercado mercearil nacional, que compreende alimentos, bebidas, produtos de limpeza, higiene e cuidados pessoais e teve faturamento de 466,2 bilhões de reais em 2016.
O ranking apontou, ainda, que o atacarejo faturou 11,3% mais no ano passado, enquanto os hipermercados tiveram queda de 7,4% na comparação com 2015. “Hoje, as famílias têm feito as compras de abastecimento (maior volume) no atacarejo em detrimento dos hipermercados”, explicou a Abad.
No Sudeste, que segundo a associação concentra 38% do setor, as empresas consultadas cresceram 8,6%, mais que as do Nordeste (8%), porém menos que as do Norte (15%), Centro-Oeste (12,6%) e Sul (12,8%).
Para 2017, o modelo \’atacado de autosserviço\’ é o mais otimista, com 88,2%dos participantes da pesquisa prevendo vendas maiores e 58,8% esperando maior rentabilidade.
Entre os distribuidores, 78,4% apostam em alta no faturamento. No atacado com entrega, esse percentual é de 75,9%. Em atacado de balcão, a proporção cai para 61,9%.
O Ranking ABAD/Nielsen de 2017 ainda apontou que o setor, de modo geral, planeja expandir ou pelo menos estabilizar os investimentos neste ano, mantendo foco em áreas de tecnologia de gestão e de sistema de informação.
Fonte: Época Negócios