Mesmo depois da separação do GPA em março, foco da varejista continua a ser sua expansão orgânica, embora rede não descarte futuras aquisições
Por Redação
O CEO do Assaí Atacadista, Belmiro Gomes, afirmou que este ano serão construídos 500 mil metros quadrados de lojas físicas. O executivo, em entrevista à Veja, disse ainda que, após separar as ações do Assaí dos papéis da GPA na Bolsa de Valores, em março deste ano, ficou mais fácil uma aquisição, mas ressaltou que continua focado no crescimento orgânico. “É a maneira com que nós temos conseguido crescer e, desta forma, o retorno sobre o capital para o acionista também é melhor. Mas, obviamente, se surgir alguma oportunidade, algum negócio interessante no meio do caminho, pode ser que ocorra”, avalia.
O executivo também ressaltou que o Assaí cresceu durante a pandemia e que isso foi reflexo dos investimentos feitos em expansão. “De modo geral, o formato vem crescendo e ainda há bastante espaço para expansão no Brasil”, afirma. Ele ressaltou que a empresa tem trabalhado muito para melhorar a experiência de compra, posicionando as lojas nos centros das cidades, lojas grandes e com melhor nível de iluminação. “Temos usado muita tecnologia e automatização de processos para manter o custo operacional baixo, mas sem comprometer a experiência de compra. O número de produtos diferentes que o setor operava há uma década passou de 6 mil para quase 10 mil atualmente. Com uma gama maior de produtos, conseguimos espaço para penetrar em outras classes sociais. E isso vem dando muito certo”, explica.
Belmiro revelou ainda que durante a pandemia fez uma campanha voltada para o mercado delivery, vendendo embalagens específicas que são usadas para as entregas com mais de 20% de desconto, assumindo o prejuízo mesmo. “Foram aproximadamente 90 tipos de produtos específicos para delivery que nós operamos por seis meses com desconto de 20% em toda a linha. O objetivo era tentar, de alguma forma, dar um apoio, porque o delivery foi uma das poucas maneiras que os restaurantes encontraram de continuar minimamente operando”.
Fonte: S.A. Varejo