Foi dentro de uma grife tradicionalíssima, a Trousseau, que nasceu o embrião daquilo que mais tarde se tornaria a e-thinkers, uma agência de e-commerce dedicada à cogestão de marcas do segmento de moda. Idealizada pelo designer Thiago Santos, que anos antes havia passado por uma experiência pioneira com o outlet virtual Superexclusivo, a e-thinkers já fazia o marketing digital e a gestão do e-commerce de 14 marcas quando a pandemia do coronavírus começou. O fechamento repentino das lojas de roupas devido à quarentena provocou uma corrida dos varejistas de luxo para os canais on-line. “Sem poder abrir as portas, eles precisaram criar promoções para gerar caixa com o que havia no estoque”, diz Thiago. Com o tempo, perceberam o potencial do e-commerce, que antes era visto por muitos vendedores como concorrente. “Com a pandemia, o meio digital foi incorporado como cultura do mercado de luxo.” E os resultados apareceram de forma consistente.
Desde o final de março, além de apenas reforçar as vendas on-line para antigos clientes, a e-thinkers lançou dois novos produtos. Um é voltado para implantar e-commerce em marcas menores, que precisam de mentoria em áreas que vão da tecnologia necessária para vender pela web até a produção de fotos, passando pelo atendimento virtual ao cliente. Outro produto é o DIY (sigla para do it yourself), em que a agência capacita o varejista para que ele mesmo crie sua operação de venda. Em dois meses, sete novos clientes aderiram a essas ferramentas, um aumento de 50% no portfólio. Na avaliação de Thiago, esse crescimento pode ser atribuído a uma vantagem competitiva do negócio: “Oferecemos às marcas de luxo relacionamento feito por um time de especialistas e com custo compartilhado”.
Fonte: IstoÉ Dinheiro