O presidente da Arezzo&Co, Alexandre Birman, disse que a varejista de calçados avalia e já negocia potenciais fusões. “Estamos bem preparados e com boas tratativas em curso”, afirmou em teleconferência com analistas.
Perguntado sobre o perfil dessas operações, o executivo afirmou que a companhia só não quer entrar no mercado para as classes C e D. “Onde sabemos operar é nas classes A e B.” Ele também destacou que o crescimento orgânico continua sendo uma alavanca importante para o negócio da Arezzo.
Sobre expandir a internacionalização, Birman disse que a empresa está concentrada nos Estados Unidos e não está olhando para Ásia e Europa, embora os indicadores econômicos dessas regiões estejam melhores.
Ele também afastou a possibilidade de licenciar a marca Schutz nos Estados Unidos, dizendo que a operação própria tem patamares sustentáveis, mas afirmou que a Arezzo é uma possibilidade, dado que “ainda é uma marca virgem no mercado americano”.
Novo ano
Após registrar queda de 60,7% no segundo trimestre, para R$ 154,4 milhões, a Arezzo&Co decidiu que o segundo semestre seria uma espécie de novo ano. A empresa começou em 1º de julho um novo plano estratégico.
“Queremos fazer nesses seis meses o que não conseguimos nos primeiros seis”, disse Birman.
“Os lançamentos durante a pandemia já criaram grandes ‘best sellers’”, diz o executivo. Nesse período, a empresa vendeu 2,5 milhões de pares de calçados e 355,7 mil bolsas. O volume financeiro chegou a R$ 224,1 milhões, com vinte reposições de estoque já feitas, o que corresponde a cerca de 130 mil pares de sapatos.
As campanhas estão sendo lançadas diretamente nas redes sociais, em linha com a estratégia da empresa de maior integração com os meios digitais. Além disso, a empresa inaugurou sua própria área para criação de conteúdo, com estúdios de fotografia e vídeo, chamada de ZZ Digital, na fábrica de Campo Bom, no Rio Grande do Sul.
O objetivo da empresa é intensificar a operação multicanal. Durante a pandemia e mesmo agora, com 88% das lojas físicas já abertas, a empresa reportou saltos de 190% a 240% nas vendas do comércio on-line, chegando a um patamar de receita de R$ 60 milhões em julho e que deve se repetir em agosto.
Fonte: Valor Econômico