A Arezzo & Co, dona das marcas Arezzo, Anacapri, Schutz, Alexandre Birman e Fiever, tem conseguido manter o ritmo de crescimento e prevê ultrapassar a meta de abertura de lojas neste ano – estipulada entre 25 e 30 unidades -, aproveitando o momento favorável para suas marcas.
“A Arezzo manteve um crescimento entre um dígito simples alto e dois dígitos baixos nos últimos dois anos, mesmo no pior momento da crise. As tendências do mercado de moda e nossa capacidade de acompanhar essas tendências têm exercido um impacto muito mais forte no negócio do que a crise política”, afirmou Alexandre Birman, presidente da Arezzo.
Birman acrescentou que o desempenho de vendas da companhia na primeira metade do ano foi favorecido pela abertura de lojas e pela boa aceitação das coleções lançadas. A Arezzo adota o modelo de moda rápida, com o lançamento de 15 a 16 coleções por ano e reposição de produtos nas lojas a cada 15 ou 20 dias.
No primeiro trimestre, a Arezzo teve um crescimento de 15,4% na receita líquida, para R$ 297,18 milhões. O lucro líquido avançou 51,1%, para R$ 22,17 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) aumentou 36,8%, para R$ 36,03 milhões. Boa parte desse aumento veio da abertura de lojas e da expansão dos negócios no comércio eletrônico.
O grupo teve uma abertura líquida de 19 lojas nos três primeiros meses do ano, em comparação com igual período de 2016, encerrando março com 562 unidades, sendo 48 próprias e 514 franquias. No segundo trimestre, a companhia abriu oito lojas da Anacapri, incluindo uma na rua Oscar Freire, na capital paulista, chegando a 88 unidades. “No ritmo de expansão atual, a Anacapri vai ultrapassar 100 lojas neste ano, certamente”, afirmou Birman.
Já a marca Arezzo manteve estável seu número de lojas – no fim do primeiro trimestre eram 381 unidades. A companhia desenvolve um modelo de franquia mais barata, com pontos menores, para cidades de pequeno porte. O projeto terá a primeira unidade piloto aberta em agosto. Birman disse que essas lojas terão faturamento anual entre R$ 90 mil e R$ 150 mil. As lojas tradicionais faturam, em média, R$ 220 mil por ano.
“É uma tentativa de continuar crescendo com franquias. A marca Arezzo já está presente nos maiores shopping centers e centros urbanos do país”, acrescentou.
O grupo abre em agosto a quarta loja da marca Alexandre Birman no país – a unidade será instalada no Rio de Janeiro. No segundo trimestre, a Arezzo abriu um showroom da Alexandre Birman e da marca Schutz nos Estados Unidos, em Nova York. Birman considera que o negócio fora do Brasil tem maior potencial de crescimento. “A expectativa para a operação nos EUA é obter um faturamento de pelo menos US$ 25 milhões”, afirmou.
Para a marca Schutz, a Arezzo vê espaço para abertura de 4 a 5 lojas no ano. Em relação à Fiever, o grupo abriu duas unidades em São Paulo, chegando a quatro em operação. E ampliou sua distribuição nas lojas multimarcas, de 200 para 350 pontos de venda.
“As redes multimarcas voltaram a crescer neste ano”, disse Birman. Em 2016, a distribuição da Arezzo para esse canal de venda caiu 0,5%, para R$ 303,7 milhões. O faturamento total da companhia avançou 8,3%, para R$ 1,55 bilhão.
Fonte: Valor Econômico