Por Henrique Medeiros | O Magalu Pay, carteira digital do Magalu (Android, iOS), está evoluindo para se transformar em um hub de serviços financeiros. Em conversa exclusiva com Mobile Time, Fabio Murakami, diretor de produtos do MagaluPay, explica que a wallet está evoluindo para ser um “agregador de produtos financeiros” para os clientes da varejista, ao integrar os diversos serviços financeiros do grupo em um único lugar. Até então, a varejista atuava com seus produtos financeiros de forma separada.
“Tínhamos produtos financeiros dispersos, como consórcio, cartão, crédito, mas percebemos que a carteira era um produto que centralizava e agregava, seja para emitir um boleto para pagar o crediário, negociar, ver a apólice do seguro etc. A nossa estratégia é muito inclusiva. Depois de facilitar o acesso, nós percebemos que a carteira pode abrir uma variedade de produtos”, relata o executivo.
Curiosamente, o nome fantasia do MagaluPay é ‘Hub Instituição de Pagamento’, uma vez que o CNPJ e a licença de instituição de pagamento foi herdada a partir da aquisição da Hub por R$ 290 milhões, aprovada em 2021.
Evolução
Para o cliente final (B2C), a carteira deixa de ser uma simples ferramenta de pagamentos para ser um espaço para gerir o crédito, adicionar os cartões tokenizados, comprar apólice de seguro residencial e até investir. Em outubro, a companhia incluiu a compra de criptomoedas (USDC, Ethereum e Bitcoin) em parceria com o Mercado Bitcoin. Neste caso, Murakami afirmou que o objetivo é trazer mais “notoriedade” para a plataforma e escalar a possibilidade de investimento.
Para este mês de novembro, uma parte importante da evolução do MagaluPay será com o crediário (CDC). O cliente poderá consultar todos os carnês e crediários que tem com o varejista, um primeiro passo para unir a força financeira do digital e do físico em um único espaço. Vale dizer que o Magalu não vê o CDC como uma simples atualização para o ‘Buy Now, Pay Later’, mas uma evolução da oferta que faz há 40 anos do balcão de venda. Também está no radar da companhia a ativação de sinistros de seguros diretamente pelo app.
Serviços
“Quando você pensa em carteira e soluções financeiras de varejo, o mercado como um todo deu uma acelerada. O MagaluPay tem por volta de cinco anos e nesse período percebemos que (a carteira do Magalu) evoluiu. Tem conta de pagamento, o cliente pode fazer Pix, mas o consumidor quer algo ainda mais abrangente. Uma conta digital hoje é algo muito simples para ele”, disse.
Atualmente com 10 milhões de clientes, os serviços mais usados no MagaluPay são cash-in no Pix para comprar com desconto no Magalu, cashback, e o Pix da Lu, uma promoção sazonal com bilhetes eletrônicos na carteira que sorteiam valores a serem depositados nas carteiras dos clientes.
B2B
A companhia também tem na carteira uma operação B2B (comercial) focada nos sellers do Magalu. Para este público, a abordagem é feita via Magalu Empresas e busca ajudar os comerciantes a vender mais e administrar melhor o negócio, como adiantamento de recebíveis e recebimento dos pagamentos em uma conta digital.
Para o B2B, o Magalu está programando novas formas de operações de crédito, como empréstimo e capital de giro.
Fonte: Mobile Time