Por Renato Pereira | O apagão que atingiu a Região Metropolitana de São Paulo, entre a última sexta-feira (3) e terça-feira (7), foi responsável pela queda de 6,4% no faturamento do varejo, quando comparado com o mesmo período do ano passado. É o que mostra o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA).
O levantamento considerou as datas de 3 a 7 de novembro deste ano e 4 a 8 de novembro de 2022. Segundo o índice, a falta de energia afetou principalmente o sábado, dia tradicionalmente forte para o comércio, com retração de 14%.
Conforme o fornecimento de energia era reestabelecido, ainda no domingo, o desempenho do setor apresentou melhora, no entanto, também foram registradas perdas. No domingo (5), segunda-feira (6) e terça-feira (7) houve queda no faturamento de 7%, 6,8% e 5,5%, respectivamente.
O setor mais afetado durante os cinco dias de apagão foi o de Bares e Restaurantes, com queda de 13,7% no faturamento. Na sequência, estão Drogarias e Farmácias, com queda de 10,9%, Vestuário (9,4%) e Móveis, Eletro e Departamentos (9%). O segmento de Supermercados e Hipermercados foi um dos menos afetados, com retração de 0,4%.
“O apagão foi um evento que trouxe impacto severo para o comércio paulistano. Prejudicou as vendas de sexta a terça e atingiu diferentes setores. No caso da sexta-feira, não fosse o blecaute, é possível supor que o resultado seria bastante positivo por causa de eventos extraordinários na cidade, como a Fórmula 1”, diz Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.
Até a queda de energia, na tarde de sexta-feira, o varejo paulistano apresentava desempenho superior em relação ao mesmo dia no ano passado, com crescimento de 14%. Após o blecaute, houve queda de 12,5%. Mesmo com incidente, o saldo do dia ficou positivo, em 2,1%.
De acordo com a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia pela maior parte da Região Metropolitana de São Paulo, ao menos 2,1 milhões de imóveis tiveram o serviço interrompido, em consequência dos danos causados pela tempestade que atingiu a capital no último dia 3. Alguns dos imóveis só tiveram o fornecimento reestabelecido na terça-feira.
A Associação Comercial de São Paulo chegou a estimar perdas pelo comércio de R$ 126 milhões. A estimativa é baseada no volume movimentado diariamente na cidade de São Paulo e na região metropolitana.
Fonte: CNN Brasil