A principal tendência dos shoppings nos Estados Unidos é a perda de força das lojas âncoras. No lugar delas, tem crescido a presença dos Food Halls, uma espécie de praça de alimentação, mas com um conceito de propor algo mais aconchegante e com outras conveniências além de alimentação, foi o que observou Adriana Colloca, diretora de operações da Abrasce – Associação Brasileira de Shopping Centers. Em entrevista exclusiva para o Jornal Giro News, Adriana destacou: “os responsáveis pelos shoppings estão até comemorando esse novo conceito, porque conseguem rentabilizar melhor suas áreas e ampliar um pouco mais o mix”. Essa e outras tendências, foram apresentadas na última edição da RECon, maior feira do setor em solo americano.
Entrada Lenta e Natural no Brasil
As grandes tendências em shoppings centers sempre vieram dos Estados Unidos, que continuam dando as cartas no setor. Apesar disso, Adriana pondera a chegada dessa novidade no Brasil. “A gente não vê aqui uma decadência das lojas âncoras como se vê lá nos Estados Unidos. Aqui, elas estão, de um modo geral, saudáveis. Até por isso, esses Food Halls dificilmente serão vistos em shoppings já consolidados. Mas é algo que deve começar a ser visto sim nesses novos shoppings”, afirma. Além dos Food Halls, outras lojas que tomaram os espaços das âncoras são as de Fast Fashion. “São menores e rentabilizam muito mais”, explica Adriana.
Outras Tendências
Há também outras tendências nos Estados Unidos que valem ser destacadas, que vão desde tecnologia a arquitetura. “Outras tendências observadas estão muito ligadas as tecnologias de um modo geral, desde segurança com câmeras que substituem a mão de obra ou até tecnologias para o usuário, ajudando-o a encontrar determinado produto. Já em arquitetura a gente pode ver cada vez mais as áreas abertas, com muita iluminação, muita paisagem e muita integração com a natureza”, diz. A diretora chamou a atenção, ainda, para a integração das pesquisas de conhecimento do consumidor, feitas pelos shoppings e as feitas pelos varejistas. Para ela, a unificação das pesquisas acabou se mostrando mais útil do que quando feitas separadas.
Fonte: GiroNews