Walmart e Amazon brigam nos Estados Unidos para ampliar a participação no varejo alimentar. Para isso, ambos estão apostando na capacidade de entrega desses produtos. Na última semana, o Walmart anunciou parceria com a Postmates para fazer entregas a 40% dos americanos por todo o território daquele país. A Amazon está apostando na ampliação do serviço Prime da Whole Foods, rede de varejo de alimentos que a empresa comprou no ano passado.
Segundo análise de Andrew Lipsman, especialista em varejo, ao portal eMarketer, o varejo alimentar americano movimenta 700 bilhões de dólares ao ano, mas apenas 3% disso vem de vendas on-line e é uma das mais baixas integrações entre todos os segmentos de varejo. Segundo o analista, os varejistas entenderam que a peça que falta para integrar digital e físico no varejo alimentar é a entrega no mesmo dia.
Mesmo com as dificuldades na integração dos ambientes, os Estados Unidos registram um aumento na demanda por alimentos no ambiente digital. Uma pesquisa de março deste ano, realizada pela Dropoff, apontou que o número de usuários de internet nos EUA que usaram a entrega no mesmo dia aumentou significativamente.
Em março de 2017, o número de consumidores on-line que compraram comida para ser entregue no mesmo dia era de 17%, saltando para 31%, um aumento de quase 100%. Produtos alimentares é a categoria mais procurada nos serviços de entrega no mesmo dia, concentrando 64% das procuras. Em termos de compras concretizadas, alimentos também lidera, com 19% do total.
Outra pesquisa, feita pela Coresight Research, investigou o comportamento das compras de supermercado e descobriu que os consumidores da Whole Foods e do Walmart são diferentes, com o Walmart alcançando sobre um público mais amplo e a Amazon sobre consumidores específicos, que gastam mais.
Para Lipsman, tanto Amazon quanto o Walmart estão posicionados para ocupar uma boa parte do mercado de varejo alimentar on-line, com uma vantagem para a empresa de Jeff Bezos. “A Amazon deve se beneficiar da proporção de dólar que se move de off-line para on-line devido aos seus primeiros investimentos em logística e menor risco de canibalização” disse Lipsman ao eMarketer.
Fonte: Novarejo