A Amazon está a criar terminais de pagamento para lojas de retalho que vão permitir aos clientes pagar as compras com a palma da mão. A tecnológica já começou a trabalhar com a Visa para testar as transações nos terminais e está em conversações com a Mastercard, noticiou o Wall Street Journal com base em fontes familiarizadas com o processo.
A empresa de Jeff Bezos tem vindo a discutir este projeto com emissores de cartões como a JP Morgan Chase, a Well’s Fargo e a Synchrony Financial que mostraram interesse em permitir que os clientes associem as suas contas/cartões de pagamento à palma da sua mão, permitindo fazer pagamentos nestes terminais, segundo fontes ouvidas pelo jornal.
Cafés, restaurantes e lojas de retalho são os potenciais clientes destes terminais. Mas para avançar a tecnológica terá ainda de responder ao receio dos emissores de cartões de que o sistema seja capaz de detetar fraude – como por exemplo pessoas que tentem associar a palma da sua mão a cartões roubados – e convencer os consumidores a prestar ainda mais informação pessoal num momento em que os temas da privacidade estão sob a atenção pública e das autoridades de regulação.
Os dados que sejam recolhidos pelos terminais serão armazenados na Amazon Cloud, sendo que a intenção da Amazon passa por integrar os dados dos consumidores com as suas compras no site de commerce da Amazon, o que poderá dar mais poder negocial da companhia junto dos anunciantes, permitindo-lhe cobrar preços mais elevados, com base na ideia de que podem antecipar as decisões de compra dos clientes.
O sistema poderá vir a ser usado na cadeia Whole Foods (detidas pela Amazon) noticiou o The New York Post. Não é a primeira que a companhia de Jeff Bezos tem testado sistema de pagamento para lojas físicas. Nas Amazon Go a empresa tem testado tecnologias que permitem o pagamento sem ter necessidade de passar um cartão e tem vindo a desenvolver o Amazon Pay, um sistema de pagamento digital (wallet) que os consumidores podem usar em cadeias de retalho não detidas pela companhia.
Fonte: Dinheiro Vivo