O negócio de marca própria, com 243 mil produtos pertencentes a 45 marcas diferentes, tem sido uma fonte de controvérsia porque compete com outros vendedores na sua plataforma
Por Dow Jones — Nova York
A Amazon começou a reduzir drasticamente o número de itens que vende com marcas próprias e a empresa avalia a possibilidade de abandonar totalmente esse negócio para aliviar a pressão regulatória, de acordo com fontes próximas do assunto.
O negócio de marca própria da Amazon, com 243 mil produtos pertencentes a 45 marcas diferentes da empresa até 2020, tem sido uma fonte de controvérsia porque compete com outros vendedores na sua plataforma. A decisão de reduzir as marcas da empresa resultou em parte das vendas decepcionantes de muitos dos produtos, disseram as fontes. A decisão também surgiu em meio a críticas que a empresa tem recebido nos últimos anos por parte de legisladores de favorecer as marcas próprias em detrimento dos produtos vendidos por outros fornecedores no site.
Nos últimos seis meses, a liderança da Amazon instruiu a equipe de marcas para reduzir a lista de itens e para não voltar a encomendar muitos deles, disseram as fontes. Os executivos discutiram reduzir a oferta de marca própria nos Estados Unidos em mais de metade, disse uma das fontes.
A mudança foi iniciada após uma revisão dos negócios por Dave Clark, um executivo de longa data da Amazon que assumiu a chefia de seus negócios globais de consumo em janeiro de 2021, disseram as fontes. Clark deixou a empresa no mês passado. Como resultado dessa revisão, ele pressionou a equipe a se concentrar nas mercadorias mais vendidas, em vez de oferecer extensa gama de itens que a Amazon faz atualmente.
O negócio de marca própria da Amazon começou em 2009 com produtos eletrônicos de consumo, como cabos, e se expandiu para outras categorias. Atualmente abrange tudo, desde vitaminas e café até roupas e móveis, com marcas como Amazon Basics, Goodthreads e Solimo. No entanto, a Amazon disse que suas marcas próprias representam apenas cerca de 1% de suas vendas no varejo. A receita da Amazon no ano passado, incluindo outros negócios, como sua operação de computação em nuvem, totalizou US$ 469,8 bilhões.
Fonte: Valor Econômico