A entrada de empresas no universo da internet é algo comum. Elas têm investido em tecnologias que permitam o contato com o público por meio de sites, redes sociais e aplicativos. Mas o varejo ainda tem boa parte de seus resultados atrelados aos espaços físicos. Amazon e Alibaba, gigantes do e-commerce, perceberam isso e estão investindo no offline.
A Amazon comprou a rede de supermercados Whole Foods em 2017, em uma operação avaliada em US$ 13,7 bilhões, inaugurou uma unidade da Amazon Go sem caixas registradoras em Seattle, e direcionou esforços para o mercado de livrarias. O Alibaba, por sua vez, anunciou parcerias com 600 mil pequenos comércios familiares na China, segundo artigo do CBInsights. Além disso, está construindo um shopping de cinco andares.
“As lojas físicas exercem um papel indispensável durante a jornada do consumidor para a compra e deveriam ter tecnologias direcionadas a partir de dados e serviços personalizados”, disse Daniel Zhang, CEO do Alibaba Group à Reuters, após outra operação de inserção no mercado varejista offline, em que o grupo gastou quase US$ 3 bilhões por ações da Sun Art Retail Group Ltd, focada em mega lojas.
Mas afinal, por que as duas empresas estão investindo nas lojas físicas?
Segundo censo do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, apenas 9% das vendas do varejo local no terceiro trimestre de 2017 foram por e-commerce. Na China, segundo a PwC, apenas 17% das pessoas afirmam que suas compras são realizadas apenas na Amazon ou Tmall (varejista do Alibaba Group). Esses dados demonstram a importância que o offline ainda tem sobre o setor.
Além disso, as lojas físicas funcionam como uma vitrine do que existe online. Nelas, os consumidores têm contato com os produtos, e os espaços criam lealdade dos consumidores com a marca. Ainda, segundo a Fortune, o CFO da Amazon Brian T. Olsavsky disse a seus investidores que as lojas físicas são “uma maneira diferente de se aproximar dos consumidores e saber o que tem bons efeitos sobre eles”.