Para Ricardo Bomeny, CEO da BFFC, grupo detentor do Bob’s, o projeto de longo prazo da marca independe de cenários econômicos
A crise afetou o bolso dos consumidores, mas não fez com que eles deixassem de comer fora de casa. Segundo pesquisa da Geofusion, companhia especializada em inteligência de mercado, o setor de fast-food conseguiu inaugurar 630 lojas em 2015 e cresceu 11%.
A rede Bob’s segue esse crescimento. “O Bob’s está muito bem e temos um plano independente da questão financeira e política de fazer 90 pontos de venda neste ano”, explica Ricardo Bomeny, CEO da BFFC, empresa de alimentação de detém as marcas Bob’s, Yoggi, Doggis, Pizza Hut e KFC.
Segundo o executivo, o foco é no longo prazo. E pensando no crescimento futuro, a empresa segue com o projeto da nova oferta – reformulação das lojas da marca que privilegiam um atendimento mais dinâmico. Ao todo, mais 70 lojas estão sendo reformadas e a ideia é encerrar o ano com 25% do total das lojas nesse formato.
“É um projeto que se alinha ao novo comportamento do consumidor, que quer ter mais poder sobre a decisão de compra. Por isso entramos com questões de customização de produtos e toda a parte de plataformas tecnológicas, como o autoatendimento”, afirma.
Este formato, afirma o executivo, ajuda a marca a lidar com um mercado cada vez mais competitivo. “Estamos preparados para competir com quem vier e com quem tiver no mercado. Acreditamos que tem espaço para todo mundo”, avalia. Segundo o executivo, a entrada de players como a Taco Bell, que chegará no segundo semestre, ajuda a profissionalizar o setor.
A projeção da marca é fechar 2016 com 1.200 lojas – mantendo, assim, a média de crescimento da rede. “O varejo está sentindo a crise, mas as pessoas não deixam de se alimentar e de se divertir – e é isso que entregamos”, afirma. “Independente do que está acontecendo no País, nosso projeto é de longo prazo. Não é a primeira vez e nem será a última que o País passa por uma crise”, avalia o executivo. “Quem não se adequar às novas necessidades dos consumidores vai ficar para trás”, completa.