Por Redação SM – 07/01/2016
Tais opções devem ser foco do consumidor para não reduzir o padrão de consumo em 2016, de acordo com consultores
Em meio ao clima de pessimismo que afetou o varejo em 2015 e que deve continuar este ano por conta da conjuntura econômica, o consumidor brasileiro começou a buscar alternativas para mudar a forma de ir às compras e manter o padrão de consumo conquistado nos últimos anos.
A preferência pelas lojas de atacarejo aparece no topo do ranking das principais tendências de consumo para este ano, segundo os consultores ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo. As vendas dessas lojas já crescem num ritmo muito mais acelerado do que as dos supermercados.
A macro tendência do varejo para 2016, sob a óptica do consumidor, é mais por menos, afirma Marcos Gouvêa de Souza, diretor geral da consultoria GS&MD Gouvêa de Souza. Para Eduardo Terra, presidente da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), com a crise de confiança e o aumento do desemprego, a racionalidade do consumidor deve se acentuar. Isso significa fazer mais conta, questionar a marca que está habituado a comprar, por exemplo, afirma.
A marca própria, fabricada sob encomenda pelo varejista e que pode ter um preço até 30% menor do que a líder, é outra alternativa para quem está com orçamento apertado. Mas, na opinião de Terra, a migração de uma marca líder para outra do próprio varejista não é necessariamente uma tendência. Isso só vai acontecer se as marcas mais caras não conseguirem deixar claro a sua relação custo/benefício. Para ele, o que deve acontecer neste ano é uma pressão maior para que as marcas se provem melhores do que a concorrência.
Para Gouvêa de Souza, há neste ano uma forte tendência para que o consumidor seja menos fiel à marca, à loja ou ao tipo de serviço, tudo isso para cortar despesas. Nesse rol de alternativas, os serviços pré-pagos ganham força.
A tendência, segundo Terra, também é que cresçam as formas de renda complementar. São os programas de milhagem que oferecem a possibilidade de o consumidor juntar pontos para não só comprar passagem aérea, mas fazer o supermercado, pagar conta e abastecer em postos de combustíveis. As lojas e as marcas que oferecem isso vão ter a preferência do consumidor. Esse é um segmento que está vendendo lenço na crise, afirma.
Fonte: O Estado de S.Paulo
Revista Supermercado Moderno online – SP