Na medida em que o polo da José Avelino foi se consolidando no roteiro do turismo de compras da região Nordeste, problemas como a ocupação irregular de ruas e calçadas, pelos ambulantes, foram se agravando. E várias foram as tentativas de levar a feira para outros locais da Capital e Região Metropolitana. Contudo, o polo não parou de crescer e a grande maioria dos empresários preferiu não abandonar o local. Essa demanda acabou sendo absorvida pelos terrenos da própria rua, que posteriormente se transformaram em grandes galpões.
Uma dessas tentativas ocorreu em 2010, com a criação de um espaço em Maracanaú. “Lá foi construído um grande empreendimento. Fizeram um acordo para levar o pessoal que estava na Praça da Sé. Mas eles ficavam lá durante a semana e nos dias de feira voltavam para a José Avelino”, diz Martinho Batista, presidente da AJAA e proprietário de um shopping e um galpão no polo.
O empreendimento em Maracanaú acabou não vingando como um grande polo de atacado e varejo e, atualmente, atende apenas à demanda local.
“O povo que vem de fora já sabe onde é a José Avelino, que já se tornou uma referência. Por isso, ninguém quer ficar longe daqui”, diz a comerciante Maria Iodênia Rebouças, proprietárias de seis boxes no Galpão do Pequeno Empreendedor.
Feirão Leste Oeste
Para o empresário Pedro Neto, um dos sócios do Feirão Leste Oeste – maior empreendimento inaugurado no polo em 2015 -, apesar da atual crise econômica que deve continuar em 2016, “o polo (da Rua José Avelino) tem uma demanda reprimida muito grande”, o que justifica novos investimentos na região.
“A nossa perspectiva é positiva pelo potencial de crescimento, e o Feirão Leste Oeste vem para atender essa demanda”, argumenta sobre a valorização do novo empreendimento para o setor no qual atua.
Na primeira etapa do empreendimento, inaugurado em novembro, foram abertos 600 boxes e 52 lojas. E até o fim de 2016, com a inauguração das demais etapas, o empreendimento irá oferecer 2 mil boxes e 150 lojas, em uma área de 10 mil metros quadrados, onde funcionava a casa de shows Mucuripe Club. Pedro Neto ressalta, ainda, a importância da localização do novo centro de vendas, que, para ele, concentra “toda a energia do comércio atacadista varejista” da Capital.
“A gente quer ser mais uma opção de vendas também no varejo, com preço de atacado. Voltado para os fortalezenses e para o turista que nos visita. Acreditamos nesse mercado e o polo da José Avelino tem um potencial muito grande, com uma grande geração de emprego e renda na nossa cidade”, garante o empresário Pedro Neto. (BC)
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