17/07/2015 às 05h00
Por Beth Koike | De São Paulo
O Hapvida, grupo de saúde de Fortaleza, negocia com BTG, Credit Suisse e Itaú BBA sua abertura de capital. A definição dos bancos que irão participar do processo deve ocorrer no máximo daqui um mês e o objetivo é vender 25% do capital na bolsa, de acordo com fontes do setor. “Não está nos nossos planos ter um sócio investidor, como um private equity neste momento, porque temos recursos. O que podemos fazer é abrir o capital quando o mercado estiver mais interessante. Já somos uma empresa com governança, auditada, com publicação de balanços”, disse Jorge Pinheiro, presidente do Hapvida, durante entrevista recente ao Valor. O grupo informou ontem que não comenta rumores de mercado. Após a venda das operadoras Amil e Intermédica nos últimos dois anos, o Hapvida é o grupo mais cobiçado pelos investidores devido a seu modelo verticalizado e ausência de endividamento, além de atuar em praças em que o número de pessoas com convênio médico não chega a 7%. Ainda de acordo com fontes do setor, o fundo americano Texas Pacific Group (TPG) que participou até o final do processo competitivo pela Intermédica, já bateu na porta do Hapvida. Terceira maior operadora de planos de saúde e dental do país, o Hapvida prevê encerrar o ano com receita de R$ 3 bilhões, o que representa um crescimento de 20% em relação a 2013. O principal diferencial do grupo, controlado pela família Pinheiro, é sua rede totalmente verticalizada. O Hapvida é dono de 21 hospitais, 71 clínicas e 104 laboratórios espalhados em 11 Estados do Norte e Nordeste.
Valor Econômico – SP