07/04/2015 às 05h00
Por João José Oliveira | De São Paulo
Promoções de redes hoteleiras e companhias aéreas derrubaram em 6,9% o tíquete médio cobrado pela CVC nos pacotes vendidos ao longo do primeiro trimestre deste ano, ajudando a empresa a elevar em 19,5% o volume de passageiros atendidos entre janeiro e março deste ano ante igual período de 2014. A CVC elevou em 11,3% as reservas confirmadas no primeiro trimestre ante igual período de 2014, faturando R$ 1,3 bilhão. Nas mesmas lojas, o avanço foi de 6,4%, em linha com a inflação acumulada em doze meses. Já as reservas embarcadas aumentaram 15,8%, atingindo R$ 1,5 bilhão. O crescimento foi puxado pelas iniciativas de marketing e vendas, apontou o presidente da empresa, Luiz Falco, e pelo efeito da postergação das férias de julho (durante a Copa do Mundo da FIFA) para dezembro de 2014 e janeiro de 2015. Segundo o presidente da CVC, o contexto macroeconômico brasileiro mais desafiador levou fornecedores hotéis e companhias aéreas a fazer promoções, o que ocasionou a redução de preços. “Investidores entendiam que o crescimento de CVC vinha apenas por preços mais altos. Mas o mercado vem mostrando que é bem resiliente. Conforme o preço diminui um pouco traz mais pessoas para o mercado”, disse Falco. Segundo a CVC, as reservas confirmadas do canal agentes independentes apresentaram crescimento de 8,5% no primeiro trimestre. Na plataforma online, o aumento foi de 17,5%. Esse foi o canal que demonstrou maior sensibilidade a preços junto aos consumidores dentre outros canais, apontou Falco. O preço médio nas vendas online cederam 16,3%, mas a quantidade de passageiros subiu 40,4%. O ritmo de abertura de pontos de venda da CVC ficou em cinco novas lojas abertas entre janeiro e março, levando a rede a 919 unidades exclusivas em março de 2015. A empresa apontou que esse movimento foi influenciado pela quantidade de lojas abertas em 2014 de 120, ou 20 além das prometidas pela empresa. “Esperamos acelerar a quantidade de aberturas daqui em diante, e mantemos a meta de abertura de 100 lojas em 2015”, disse Falco. Com relação aos destinos internacionais, Falco disse que a volatilidade do câmbio levou alguns turistas a protelar a compra. Mas disse que fornecedores e a própria CVC lançaram ações para fisgar o turista. “Congelamos o dólar a R$ 2,69 nessa semana”.
Valor Econômico – SP